31/03/2025

Obsessão pelas salas VIP, o que é Monoflow e marketing em qualquer segmento.

March 31, 2025

você caiu sem notar

bom dia. marcas fortes não começam oferecendo — começam marcando território cognitivo e emocional. em outras palavras, preparam o público antes da ação. porque um branding bem feito é aquele que aquece a plateia antes do show: quando o clique vem, o público já está pronto para aplaudir — e comprar.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

TRENDING NOW

Por que as marcas estão obcecadas pelas salas VIP

Salas VIP deixaram de ser espaços discretos para poucos e viraram hubs de conforto, trabalho e lazer. O que antes era só pra elite do cartão Black, hoje é quase um novo espaço de mídia, hospitalidade e branding. E tá todo mundo de olho.

Com mais de 3.500 salas VIPs no mundo — e um crescimento projetado de 14,1% ao ano até 2032 —, a corrida das marcas pra ocupar esses espaços só cresce.

Bancos criam lounges próprios. Fintechs usam como flagship. Marcas de luxo tratam como templos de experiência sensorial — com luz, som, cheiro e menu pensados nos mínimos detalhes. E aeroportos entenderam que a experiência em terra pode ser tão importante quanto o voo: hoje, lounges contam com spa, cabines de massagem, gastronomia de chef e até salas de yoga. O novo luxo não é mais ostentação — é detalhe, cuidado e presença inteligente.

O que tá por trás desse boom?

✨A volta das viagens, mas com upgrade: pós-pandemia, o passageiro voltou a viajar com outra mentalidade. Ele não quer só se deslocar — quer transformar o tempo de espera em parte da experiência. O lounge virou o novo “primeiro destino”.

🔑 Cartões viraram chave de acesso: o benefício mais cobiçado hoje não é cashback, é a porta do lounge abrindo. O Nubank criou o Ultravioleta Lounge com três andares em Guarulhos. O BTG investiu R$ 80 milhões em um terminal exclusivo. A lógica? Fidelizar pelo conforto — e pelo status (explore mais essa lógica aqui).

🤫 Digital virou físico: marcas que nasceram online estão criando presença no mundo real — mas sem loja, sem balcão, sem vendedor. O lounge é a flagship silenciosa. É onde a Capital One montou um espaço com comida de chef e bar de coquetéis. Onde o Chase criou cabines de descanso e uma sala secreta de jogos. É a marca ocupando espaço antes mesmo do produto.

☕ O comportamento mudou: com o trabalho remoto, muita gente agora chega cedo no aeroporto pra trabalhar no lounge, comer com calma ou só escapar do caos do terminal. O lounge virou o novo coworking, o novo brunch, o novo momento de autocuidado. Um respiro com Wi-Fi rápido e água com gás.

Enquanto isso, Amex, Nubank, Chase, BTG, Capital One, Louis Vuitton, Lexus e Clarins e mais uma leva de marcas transformam esses espaços em vitrines premium. Porque hoje, mais do que pontos ou promoções, o que fideliza é o status silencioso de estar no lugar certo — antes mesmo do embarque.

O que tudo isso revela?

Que as salas VIP se tornaram um novo território estratégico para marcas que querem mais do que atenção — querem relevância com profundidade.

É um espaço onde o consumidor está mais calmo, mais receptivo, mais propenso a experimentar, memorizar e se encantar.

Num mundo acelerado, caótico e barulhento, o lounge é um lugar onde as marcas não precisam gritar — só estar ali já diz tudo.

E talvez por isso estejam todas tão obcecadas.

LESSON OF THE WEEK

Bora fazer um…

… conteúdo repetitivo, constante e eficiente?

Se você reconheceu esse bordão, não está sozinho. Existe uma estratégia por trás de repetir sempre o mesmo tipo de conteúdo — e ela não tem nada a ver com preguiça.

Já percebeu que alguns creators, em poucos segundos, já deixam claro de quem e do que aquele vídeo se trata? Pode ser pelo jeito de filmar, pelo estilo, pela trilha sonora ou até por uma frase característica…

🔪 Um bom exemplo é esse aí de cima: Arthur Paek, o chef que virou referência nas redes com vídeos de receitas rápidos, cortados no tempo certo e sempre começando com o famoso “Bora fazer um...”.

⏳ Isso é o que chamamos de Monoflow: a presença de um elemento que serve como fio condutor da sua persona. É como se cada conteúdo fosse um capítulo de uma grande série, onde o público já conhece o personagem e sabe o que esperar.

Essa repetição intencional de elementos gera familiaridade e harmonia, além de reforçar a mensagem comunicada. Quando essa repetição está alinhada à construção do seu branding, cria-se ressonância com o público, tornando-se sua própria assinatura digital.

Depois de anos de influenciadores tentando diversificar editorias, alternar entre redes e navegar por diferentes nichos, alguns têm se destacado sem se preocupar com nada disso — usando apenas a mesma estratégia. Pois é, o mundo da comunicação não gira — ele capota.

🤔 Mas, se pararmos para pensar, o Monoflow não é novidade, muito menos uma fórmula mirabolante. Na verdade, ele apenas reforça algo que muitas marcas negligenciam na pressa de inovar e se destacar a qualquer custo: a constância.

Em meio a um mar 🌊 de conteúdos que buscam marcar, chocar ou superar expectativas, aquelas marcas e creators que entregam apenas — e exatamente — o que prometem também têm conquistado seu espaço. Seja por pura associação de marca ou por um reflexo da ansiedade característica do consumidor moderno.

COFFEE TALK

Branding nunca foi sobre O QUÊ, mas sim sobre COMO

🗯️ Será que dá para fazer marketing para qualquer segmento?

Eu aprendi que sim. Porque se existe um target, existe uma forma de impactá-lo.

Essa dúvida surgiu quando recebi uma proposta de trabalho no mercado de imigração. O que passou pela minha cabeça? Burocracia, advogados, documentos...

Logo eu, que comecei minha carreira na Ana Couto Branding. Mais cool que isso, difícil. E fui crescendo em cargos de gestão — de fintech a edtech. Mais agitado que isso, só Black Friday.

Minha primeira reação foi “Não, obrigada.”

E foi assim que quase perdi a chance de viver um dos maiores cases da minha carreira até hoje.

Mas ainda em tempo, eu entendi: não é sobre o segmento, é sobre visão e posicionamento.

A D4U, por exemplo, não é uma law firm. Nem quer parecer uma. Ela é a melhor amiga do imigrante — e era essa imagem que eu precisava construir.

E melhores amigos:

📲 Se curtem no Instagram, compartilham os mesmos influs e trocam memes;

🎤 Vão a shows juntos — mesmo que um patrocinando e o outro na assistindo;

🗞️ Conversam todo dia, seja através de uma newsletter ou do podcast favorito;

🌍 Se encontram nos mesmos lugares: Porsche Cup, Miami Open, Web Summit;

🏃‍♀️ Até na hora do exercício, a D4U está lá no OOH ao redor do parque.

E se você está se perguntando se essa proximidade também aparece no serviço do dia a dia… sim. Tem cliente que me manda mensagem só pra contar como está a vida.

Porque, no fim, não importa o que se vende — importa quem você quer alcançar e como quer ser lembrado.

Isso significa:

Conhecer seu público o suficiente pra entender a dor real (ou como alguns chamam, o job to be done);
Estar nos mesmos lugares que ele, de forma natural, não invasiva.

Isso é construção de marca.

E, pasmem (!), dá resultado: reduz CAC, aumenta conversão orgânica e gera uma eficiência de custos linda de ver.

Pontos para o marketing, quando feito com branding.

Sou a Isadora Clark, Diretora de Marketing da D4U Immigration, apaixonada por mergulhar e por criar grandes marcas a partir de uma estratégia de negócios.

POLL OF THE WEEK

35.98% de vocês votaram Zona de descanso com mimos premium no poll da semana passada: 🎤 Se sua marca tivesse um espaço no Lolla, o que ela faria pra parar o público por 5 minutos?

“Essa opção consegue sanar uma dor do público que é ter onde descansar por um tempinho entre um show e outro, e mimos que são o que todos querem, conseguindo impactar e angariar um público grande e rotativo no evento.”

“Imagina um show surpresa com seu artista favorito? Isso seria um sonho! Fidelizaria o cliente para sempre.”

“Em um festival e que as pessoas estão eufóricas e tbm exaustas pela emoção de assistir um show de seu artista preferido, um espaço que promova relaxamento e reconexão com corpo e mente, é uma boa pedida.”

No seu trabalho hoje, qual é seu next goal?

Assim, conseguimos alinhar nosso conteúdo com o que realmente te interessa 😊

Conta pra gente sua opinião — sua resposta é anônima e a gente compartilha os resultados na próxima semana.

BYTES TO BITE

Um giro pelas últimas campanhas de destaque

‼️ Você foi multado por… Um artista de New Jersey espalhou 1.000 “multas” falsas nos carros da cidade. Ao escanear o QR Code pra “pagar a infração”, em vez da taxa, vinha a nova música dele no Spotify. Resultado? Pulou do top 10 pro top 1 dos mais ouvidos do estado. Confira aqui.

🧴☀️ “Cara de careca” virou call to action. A Mami Wata lançou uma campanha bem-humorada pra lembrar os calvos de passarem protetor solar na cabeça. Usando reconhecimento facial pra identificar a clássica “cara de careca” , a marca ofereceu 2 protetores pelo preço de 1.

🍔💔 KFC e Burger King viraram BFFs (e o McDonald’s virou o ex). Pra lançar o BFF Burger, a KFC France hackeou o vídeo mais viral do ano por lá — uma cena dramática de um reality show espanhol de relacionamento. A campanha virou uma novela de fast food: KFC e BK como casal improvável… e McDonald’s como o ex rejeitado.

🍔 BK zoou o Brasil. Depois da Argentina vencer o Brasil de 4x1 na semana passada, o Burger King argentino aproveitou a vitória para distribuir 4 Stackers gratuitos para brasileiros. Seria um tiro no pé do BK para os consumidores BR?

🥤👅 Adivinha quem voltou. Depois de 10 anos, as latinhas com nomes da Coca-Cola estão de volta nos mercados. Você é do time que acha seu nome fácil ou do time que tem que mandar fazer a sua?

🦾🧹 Quem é que fazia o trabalho da Alexa? Essa campanha da Amazon revisita o passado e afirma a utilidade da assistente virtual.

Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):