bom dia. cannes ainda reflete o que a indústria valoriza: craft, conceito, execução. o problema é quem confunde aplauso de júri com impacto cultural. porque no mercado real… a régua mudou faz tempo. hoje, não basta impressionar jurado ou montar um bom videocase. é sobre provocar conversa. construir relevância. ser assunto antes, durante e depois do briefing.

🥩 Trend Alert: Protein-ified... e agora? Sim, já sabemos que o mundo virou um grande buffet de proteína: de whey a pipoca, de sorvete a massas proteicas. Mas, em meio a tantas opções com rótulo de “high protein”, o consumidor começa a buscar storytelling de origem, ingredientes ancestrais, claims de performance real e um certo retorno ao que parece mais “de verdade”. O mercado reage com uma nova leva de marcas focadas em animal protein — de frango até carne bovina em formato de barra de cereal. Chicken Bar, Prime Bar, Epic Bar… todas apostando em ir além das gramas de proteína e contar uma história que o consumidor queira comprar.

🚢 Uma flagship? Um navio? Um evento cultural? Tudo isso junto. A Louis Vuitton inaugurou essa semana, em Xangai, "The Louis" — uma mega flagship em formato de navio, atracado bem no meio da cidade. Mais do que loja, é um mini parque temático de branding: os andares superiores recriam o interior das icônicas malas da marca, o térreo tem exposições imersivas, e ainda tem um café pra esticar a visita. Por quê? Porque a marca quis transformar o varejo em experiência turística — e reforçar sua origem como sinônimo de viagem. Nice move.

🎾 A Catedral do Tênis: Wimbledon. O torneio mais tradicional e lendário do circuito começa hoje, e as marcas já estão em quadra. Entre elas: Barclays, com um espaço interativo com entrevistas ao vivo e sorteios; Range Rover, que cuida do transporte oficial e apresenta uma instalação sensorial; Ralph Lauren, que além da nova coleção cápsula, agora também veste árbitros e boleiros — e reabre seu icônico café no complexo; Stella Artois, com o Perfect Serve Bar, ensinando o público a servir a cerveja perfeita; e Evian, reforçando a hidratação com estações de refil e trazendo Carlos Alcaraz como embaixador.

👃🏻 ”Queremos levar para fora que o Brasil não é Caricato” — e estão conseguindo. A Granado tem expandido sua perfumaria, com lojas em Londres, NY e Paris, e conquistando um status lá fora que, normalmente, os brasileiros atribuem à qualidade dos perfumes importados… Um baita case de uma marca centenária e tradicional que soube escutar o cliente e inovar por completo. Bem que dizem que quando estamos na posição de turistas nos tornamos mais atraentes…

🎭 Será que emoção vende mesmo? Os anúncios de Cannes estão cada vez mais emocionantes — no tom, na narrativa, na produção. Mas tem um detalhe que tá escapando: a marca. Esse estudo mostrou que 35% das pessoas que assistiram aos Grand Prix não lembravam de quem era o anunciante.

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Hoje vale mais ganhar um Leão em Cannes… ou conquistar o feed de alguém no TikTok?

A pergunta pode parecer simples, mas ela expõe uma das maiores tensões do marketing atual: a diferença entre o reconhecimento da indústria e a relevância de verdade com o público.

Porque o que está acontecendo é isso: enquanto o mercado inteiro está obcecado por viralizar, por gerar replay, por ganhar o próximo scroll… muita gente no topo das marcas ainda está presa numa lógica de aplauso interno. Fazendo campanhas pra convencer jurado. Pra arrancar comentário de par no LinkedIn. Pra ter aquele slide no QBR.

É o sintoma de um Cannes que ainda premia o que impressiona a banca… e não o que movimenta o mundo real.

Enquanto isso, quem realmente dominou Cannes em 2025 foram os creators.

Alix Earle, Wisdom Kaye, Monet McMichael. Eles estavam lá representando algumas marcas, sim — mas, acima de tudo, estavam representando a si mesmos. Estavam criando conteúdo ao vivo, construindo estética, criando IP próprio. Fazendo o Carlton virar cenário. O TikTok virar transmissão oficial. A timeline virar palco.

E isso não é só sobre ego de influencer. É sobre uma mudança estrutural.

Tanto que as holdings já estão se mexendo: WPP comprou a Goat, Stagwell levou a CreatorIQ, Omnicom foi de Flywheel. Não é coincidência. É o mercado assumindo que quem tem comunidade… tem o jogo na mão.

E aí fica o grande ponto: será que Cannes vai conseguir acompanhar essa virada? Porque a régua mudou. Hoje, cultura não é o que está na shortlist. Cultura é o que viralizou antes mesmo de ter briefing.

O jogo não é mais sobre fazer uma big campaign pra ganhar aplauso. É sobre criar pequenos hábitos. Presença. Repetição. E transformar sua marca num ritual da vida das pessoas.

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🚘 ”Comercial de carro é tudo igual”. Mas a Volkswagen resolveu fazer diferente para o lançamento do Tera, e produziu esse comercial em parceria com a Netflix, inserindo o carro em cenas de séries do streaming, como La Casa de Papel e Bridgerton.

💣 Cataflaaaaam. O nome desse produto que alivia a dor já fala por si só, mas ainda lançaram essa campanha super divertida com o Vampeta, ex-jogador brasileiro, fazendo uma analogia: cair dói tanto fisicamente quanto no placar.

🍻 Uma dupla que se uniu em 1998. Ronaldo Fenômeno agora tem a sua famosa comemoração do ☝🏻 eternizada nos games, em parceria com a Brahma. Quem postar, ainda ganha cerveja geladinha…

👟 Quiet, please. A New Balance lança um novo modelo clássico com seu parceiro de longa data, Endrick, agora, acompanhado de sua esposa. Além do vídeo da campanha cool and aesthetic, rolou um book estilosérrimo.

🥫 Produtos em collab que chamaram atenção. A Coca-Cola criou uma edição especial da latinha em parceria com a franquia de Star Wars, que utiliza de realidade aumentada. Enquanto isso, a Heinz do Japão se uniu à Nintendo para essa embalagem especial e fofa.

🖨️ Something old: Recuse cópias, escolha o original. É essa a premissa desses anúncios de duas campanhas diferentes da Volkswagen com o mesmo objetivo: fazer as pessoas comprarem peças genuínas da marca.

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Pra gente sempre ficar de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends. Nesta semana resolvemos fazer diferente: em vez dos dados do Google Trends, selecionamos os nossos próprios trending topics — com base no que mais vimos, ouvimos e sentimos por aí.