88,2 milhões de marcas ativas

bom dia. o mercado não premia “produto ok” — premia significado + distribuição + timing. em 2025, toda categoria comoditiza rápido, então produto parecido aparece em semanas.

olhe para Red Bull × CELSIUS, Evian × Liquid Death, Nike × On: umas se construíram em décadas; as outras chegaram perto do topo em poucos anos.

no fim, seu concorrente pode replicar a fórmula amanhã. cultura, códigos e distribuição, não. é isso que transforma mais uma marca entre 88,2 milhões em a marca que as pessoas escolhem.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

POLL OF THE WEEK

Qual será o futuro da Creator Economy? O setor pode chegar a US$ 480 bi até 2027, com influenciadores recebendo milhões por um único post.

Conte o porquê e, na semana que vem, vamos compartilhar a resposta e os melhores comentários!

(Continue rolando para ver os resultados do poll da semana passada)

RESUMO DA SEMANA

Hot takes pelo 🌎

🥤 Poppi e Olipop têm um novo concorrente. Depois de dois anos de crescimento acelerado no mercado de refrigerantes saudáveis (Poppi: +21pp de awareness, Olipop: +15pp), surge a Stiller’s, marca do comediante Ben Stiller. O branding aposta em uma estética retrô-irônica + visual slick, no estilo Vacation Inc.: cool com uma boa dose de nostalgia. Check out aqui.

👧🏻 Gen Alpha é alpha (risos). Já são 2 bilhões de consumidores no mundo e devem movimentar US$ 5,46 tri até 2029. Agem como "CMO da família", decidem compras e cresce em um universo de recompensas instantâneas: 76% querem experiências gamificadas e 84% não largam apps só para não perder streaks. Pouco fiéis a marcas, só ficam se tiverem voz, gratificação imediata e a sensação de estar sempre dando um “level up”. Aprofunde aqui.

📖 A primeira “social magazine”. Quem não amava folhear uma boa revista? O hábito ficou pra trás, mas a nostalgia permaneceu. Foi daí que um ex-Meta e um amigo criaram essa revista nas redes sociais: começou como newsletter de cultura, até virar app em 2024. Inspirada pela velha internet do Tumblr, a PI aposta em recomendações, comunidade e eventos presenciais.

📲 Instagram mudou tudo, e não foi só o novo formato. A plataforma entendeu que não é sobre agradar, é sobre prender atenção. O novo Reels deixa o usuário escolher o algoritmo, a interface mudou com DMs e Reels no rodapé, e o “banner cinematográfico” já divide opiniões. No fim, o app chega a 3 bilhões de usuários, mantendo o ritmo frenético de mudanças: irrita uns, mas dá às marcas novas formas de testar e entender sua audiência.

BIG STORY

Por que estamos obcecados com tracking?

Já parou pra pensar em quantas coisas no seu dia a dia você track?

Seu sono, o entregador do iFood, o táxi no 99, o pacote do Mercado Livre, as refeições, os sinais vitais, a corrida no relógio, a rota do avião… a lista é infinita.

Só pra ter uma ideia: quase 1 em cada 3 americanos já usa um dispositivo pra medir saúde/exercício. E, se a gente expande a categoria, esse número só sobe — exemplo: 96% dos consumidores rastreiam pelo menos parte das compras online. Ou seja: tracking virou hábito.

Mas por que isso?

  1. Controle num mundo incerto: 2/3 dos brasileiros se dizem ansiosos. Tracking dá sensação de controle: notificações, barrinhas, “em trânsito”. Muitas vezes a espera vicia mais que o produto. O pacote vindo no mapa libera dopamina antes da caixa abrir.

  2. Feedback instantâneo + game loops: nos devices de tracking, o retorno é imediato e vira sensação — vibra no pulso, sobe o score, o círculo quase fechando. Esse micro-prazer cria um loop simples (expectativa → pequena vitória → repetir) que transforma número em hábito. E quando a recompensa é instantânea, você volta pelo gosto de ganhar de novo.

  3. Identidade, status e tribo: usar um tracker sinaliza disciplina e pertencimento (o “conspicuous health”). É tão social quanto funcional.

  4. Longevidade & saúde: a gente quer viver mais e melhor. Para 82% dos consumidores, wellness é prioridade no dia a dia, e 60% colocam envelhecer bem no topo da lista. Então quando saúde sobe pro primeiro lugar, o device de tracking vira ferramenta pra chegar lá — do sono à recuperação, da glicose ao treino.

Marcas que se destacam neste mercado:

💍 Oura Ring: traduz sono e recuperação em scores acionáveis. Já vale US$11 bi.
🧬 SwimClub: com a queda de 60% na contagem de esperma desde 1970. A marca se posiciona como suporte científico e rastreável para saúde reprodutiva masculina.
🛏️ Eight Sleep: colchão/capa que regula temperatura e rastreia sono em tempo real para melhorar qualidade do descanso e recuperação.
🎬 Letterboxd: traqueia filmes vistos, notas, listas e reviews.
📚 Goodreads: traqueia livros lidos/quer ler, metas anuais e resenhas. 🐾 Tractive: GPS para pets com 1,4 mi de usuários ativos.
🍎 Apple AirTag: tag para localizar itens via app Buscar (rede Find My).
👨‍👩‍👧‍👦 Life360: localização de pessoas/família. 88 mi de MAUs.

WHAT'S THE TAKEAWAY?

Dados viraram experiência. Eles agora são parte do produto e do serviço. Onde o cliente não quer só o resultado, ele quer ver o caminho e sentir que controla a experiência. Se você entrega esse caminho, sobe valor percebido, retenção e ticket.

Por onde começar (exemplo rápido): seja qual for o seu setor, pense: quais dados você pode usar para metrificar o uso real do seu produto (isso vira um asset pro consumidor) — e como melhorar o acompanhamento de entrega para transformar isso numa experiência adicional da sua marca.

BRAND MARKETING CASE STUDY

O que podemos aprender com o fast food que mais cresce nos EUA

Você provavelmente não a conhece a Dutch Bros, mas os números não mentem: a marca cresce mais rápido que várias outras que você já consumiu.

Então, hora de um deep dive:

🛒 Como surgiu? A história faz jus ao nome: dois irmãos, no Oregon (EUA), começaram em 1992 com um carrinho de café local. O negócio cresceu e virou a rede de drive-thru que mais avança nos EUA — hoje são mais de 1.000 lojas com a meta de dobrar esse número até 2029.

🥤Qual é a proposta? O cardápio é 100% bebidas: cafés, matchas, chás, shakes, smoothies e edições sazonais que exploram escassez. Os copos são enormes (700 ml) e o menu é organizado por atributos como proteína e cafeína. Nada de artesanal ou “feito à mão”: assumem os ingredientes artificiais e vendem conveniência.

  • Até aí, um cardápio estratégico, focado nas tendências de consumo da gen z. Mas o que o diferencia?

🤝🏻 O atendimento. Os baristas lá são chamados Broistas, treinados para entregar proximidade e companheirismo. O drive-thru já virou palco de chá revelação, momentos de desabafo e carinho, e até de zoeiras com a empolgação exagerada do time.

👈🏻 E quem fica pra trás? O Starbucks, o concorrente clássico que aparece como contraponto: baristas vistos como rudes, preços altos, copos menores e uma estética cozy & comfy que já não conversa com todo mundo.

O que isso mostra?

Que nem toda marca precisa se apoiar em narrativa emocional para crescer. Às vezes o produto se sustenta no job to be done: matar a fome, dar energia, entregar conveniência.

Talvez estejamos entrando numa nova fase do consumo de café, onde convivem duas histórias: o ritual artesanal e o combustível prático. O segredo é saber qual é a sua — e ter coragem de abraçá-la.

BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🐻‍❄️ 3 países, 3 mascotes. Nessa semana, a Fifa apresentou os mascotes da copa de 2026, fofossss!

🛹 A maior rampa e o maior record. A RedBull transformou um prédio em Porto Alegre em uma rampa de skate de 70 metros e isso aqui aconteceu.

📐 Back to OG days. Lembra do icônico “Think Small”, da Volkswagen (1960)? A última campanha da marca reviveu o minimalismo e os textos inteligentes que mudaram a publicidade.

🐯 Novo filme: The Tiger. A Gucci lançou sua coleção La Famiglia com um curta de 30 minutos digno de Oscar — personagens, tramas e figurinos que transformaram a coleção em narrativa.

👟 SKIMS x Nike. Depois de meses de expectativa, a collab saiu oficialmente: 50 nomes na campanha (incluindo Serena Williams). Nike ganha conexão, Skims ganha distribuição = perfect match.

🍺 A cerveja dos filmes. AB InBev e Netflix fecharam acordo: veremos nossos atores favoritos bebendo as marcas da cervejaria, enquanto a Netflix leva suas histórias para o mundo offline com collabs temáticas.

✈️ Jet2 na London Fashion Week. A marca por trás da trend viral “Nothing beats a Jet2 holiday” lançou um merch em edição limitada e marcou sua entrada no mundo da moda durante a semana mais fashion do ano.

🤖 Semana passada foi o Claude. Agora é o ChatGPT, ganhando sua campanha global pra mostrar que já faz parte do seu dia a dia. Veja só.

TRENDING NOW

UMA MARCA

A Kibon, que tem mais 27 outros nomes ao redor do mundo.

UM MEME

Essa é a forma que nossos eletrodomésticos funcionarão no futuro 🤣

UM PODCAST

Como o TikTok ajudou essa marca a escalar para US$100M.

UM LANÇAMENTO

Zuckerberg lançou um TikTok onde absolutamente nada é real e tudo é gerado por IA.

UM LIVRO

Você é original? Esse livro do Adam Grant mostra que originalidade é método.

UM PORTAL

Essa página posta em tempo real as notícias mais quentes de marcas, creatores e consumo.

ANOTA ESSA

Blitzscaling é uma estratégia de negócios voltada para crescer de forma extremamente rápida, mesmo que isso signifique gastar muito dinheiro no início. A ideia é simples: queimar capital para conquistar mercado e se tornar líder antes que os concorrentes tenham chance de reagir.

A lógica é comparada a um foguete espacial: precisa de enorme força e combustível para decolar e escapar da gravidade, mas, uma vez no espaço, segue com muito mais facilidade. Se aprofunde clicando aqui.

LAST WEEK POLL RESULT:

Qual é o futuro das agências de publicidade? Um estudo WFA + MediaSense mostrou que apenas 11% das marcas acreditam que o modelo atual de agência serve para o futuro.

43.49% apontou “Vão virar agências de conteúdo” e 42% colocou “Vão se reinventar via tech”

🧱 Se manter como estão“Acredito que para pequenas empresas, nunca será financeiramente rentável manter um time de marketing dentro da empresa, fazendo com que o espaço de mercado das agências continue a existir.”

💀 Vão acabar “O usuário vai produzir conteúdo de graça e não agências”

🎬 Virar “agências de conteúdo”“O mercado quer uma resposta ágil e personalizada, pra isso, só terceirizando a força de trabalho (até mesmo a criativa) e fora que os creators estão ficando cada vez mais "profissionais" e o contato mais processual, então, não será qualquer um que entrará em contato e conseguirá pagar por uma publi ou collab, por exemplo.”

🤖 Se reinventar via tech“Create the unpredictable, combining human intelligence and creativity with AI”

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