28/10/2024

A origem do Halloween, Samba Vs Air force, Muriel Guim e João Andrade

de onde vem o Halloween?

bom dia. lembre-se que no conto de fadas também tem bruxas.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

LESSON OF THE WEEK
Como o Halloween se tornou uma mina de venda?

Antiguidade (Séculos 5 a.C - 5 d.C)

O Halloween se originou como um festival na Irlanda, o Samhain, que celebrava o fim do verão. Nesse dia, as pessoas acreditavam que os mortos voltavam à Terra. Por isso, elas se vestiam com fantasias, máscaras e acendiam fogueiras. Entenda mais aqui.

Idade média (Séculos 5 - 15)

Com a expansão do cristianismo, o Samhain foi incorporado pelo Dia de Todos os Santos (1º de nov) e pelo All Hallow's Eve (31 de out), ganhando toques cristãos. Mas o clima de mistério, superstições e rituais continuou presente na data.

Secúlo 19

O Halloween chega aos EUA com imigrantes irlandeses, especialmente durante a fome irlandesa. A prática do “doce ou travessura” começa a se popularizar, mas ainda como uma celebração folclórica local.

 🍭 Curiosidade: O "doces ou travessura" tem origem em tradições medievais. No “souling”, as pessoas pediam comida ou dinheiro em troca de orações pelos mortos, e no Samhain, celtas ofereciam comida para apaziguar espíritos.

🎃 Curiosidade: A abóbora virou o grande ícone do Halloween com a tradição do Jack-o'-lantern, inspirada na lenda irlandesa de Stingy Jack. No começo, os irlandeses esculpiam nabos para afastar espíritos, mas, ao chegarem nos EUA, trocaram os nabos pelas abóboras, que eram muito mais abundantes por lá.

Início do Século 20

Nos EUA, o Halloween começou a bombar de vez nas áreas urbanas, especialmente após a Primeira Guerra Mundial. Lojas de departamentos e pequenos comércios começaram a promover festas e fantasias. Foi aqui também que o feriado começou a ficar marcado por vandalismo, e comunidades tentaram transformar-lá em uma celebração mais familiar, incentivando as crianças a pedirem doce — reforçando o famoso "trick or treating".

1950-60

Com o boom da classe média nos EUA e o crescimento dos subúrbios, o Halloween virou uma data familiar, com foco nas crianças e no "trick or treat". Foi aí que gigantes como Hershey’s e Mars enxergaram o potencial e começaram a investir em campanhas, transformando a data em uma mina de ouro para o mercado de doces. Clique aqui para ver alguns anúncios dessa época.

1970-2000

Impulsionado por filmes como Halloween (1978), o Halloween ganhou força na cultura pop e se consolidou como uma data comercial, com marcas (além das de doces), de fantasias, decoração e entretenimento explorando seu potencial lucrativo. Nos anos 90, o feriado já gerava bilhões em vendas nos EUA e começou a se expandir, com marcas internacionais aproveitando seu sucesso.

Anos 2010-presente

O Halloween, que começou como uma simples celebração com fantasia e doces, evoluiu para algo maior, tem influência da Gen Z nisso aí, hein? (risos). Hoje, a data é uma oportunidade perfeita para marcas se conectarem com jovens adultos, usando criatividade para se diferenciar e criar experiências que engajam e ressoam. Grandes empresas, como Disney e Universal Studios, investem bastante em eventos temáticos, enquanto o marketing digital e as redes sociais transformam a data em uma experiência global, com influenciadores e diversas marcas lançando coleções específicas para o Halloween.

  • O sucesso comercial é tão grande que as marcas estão até expandindo o período de celebração, como vimos com o surgimento do "Summerween": que é uma prévia do Halloween, só que no verão que está sendo adotada lá na gringa para prolongar o hype da temperada.

TAKEAWAYS

O que podemos aprender com toda essa história?

Halloween não é mais apenas sobre fantasias e doces, mas sim sobre criar conexões profundas e experiências memoráveis. A data evoluiu com a cultura e, com a influência da Gen Z, se tornou uma oportunidade única para marcas explorarem criatividade e autenticidade.

O que fazer com isso?

Aproveite o Halloween como um terreno fértil para inovar e engajar. Seja ousado, crie campanhas imersivas e aproveite a oportunidade de prolongar o ciclo de vida da data, conectando sua marca ao público de forma relevante e emocional.

Confira algumas campanhas em destaque esse ano:

  • Chipotle fechou parcerias com ícones da cultura pop e lançou fantasias inusitadas.

  • Home Depot ampliou sua linha de decorações de Halloween e lançou uma campanha com um esqueleto de 12 pés, que viralizou no TikTok. 💀

  • Fanta lançou a campanha global "Quero Fanta", celebrando o lançamento de Beetlejuice Beetlejuice com um sabor especial. No Brasil, as ativações incluem a “Re-Possessão Fanta Beetlejuice” via Alexa e a primeira novela de terror para o TikTok, “Mistério a Bordo”.

  • DUX trouxe uma edição limitada de Whey Protein Concentrado em sabores inéditos como Manga Apimentada e Doce de Abóbora, com rótulo que brilha no escuro. 🎃

BRAND MARKETING CASE STUDY
Samba no pé e AirForce na prateleira…

Essa aqui é uma matéria de 2023:

Já essa, de 2024:

A rivalidade entre essas duas gigantes da moda esportiva já rendeu mais de 70 anos de história, e contou com a Nike, quase sempre, um passo à frente. Fato é que algo aconteceu, ou deixou de acontecer, nos 12 meses que separam essas duas manchetes. Let's check:

🔍 Zoom out: Nos últimos anos, parcerias com lendas do esporte como Michael Jordan mantiveram a Nike no auge. Entretanto, desde 2021, o Swoosh vem perdendo sua popularidade por erros graves de estratégia: como o foco excessivo em e-commerce — que foi um acerto na pandemia, mas se tornou um problema com a reabertura do comércio e o anseio por consumo.

Além disso, a Nike errou em valorizar muito mais performance e mídia de conversão — ao invés do fortalecimento de comunidade e branding para o futuro, e no pouco foco em inovação e tecnologia para os calçados. Tudo isso levou a substituição do CEO John Donahoe, e agora, eles tentam se reerguer.

Por outro lado, temos a Adidas, que depois de uma grande polêmica com a linha Yeezy do rapper Kanye West, foi esperta o suficiente para recuperar o prestígio de modelos antigos por meio de 2 estratégias: a nostalgia e o uso de celebridades influentes, como Gigi Hadid e Kendall Jenner. Foi revivendo os tênis clássicos, com uma pitada de marketing naquilo que já era bom, que o jogo virou?

E o resultado? Só poderia ser esse aqui 👇🏻

Adidas Samba passa modelos da Nike em pesquisas de interesse no Google.

Nike tem seus preços de revenda em queda

COFFEE TALK
O produto é um meio, não o fim.

Pode parecer obvio, mas o óbvio também precisa ser dito: O sucesso de uma marca está no seu posicionamento. Uma marca vai muito além de um logotipo — ou de um "catálogo de produtos" nas redes sociais.

Para realmente se conectar com o público, é essencial entender que o logo é apenas um símbolo, enquanto a marca é uma experiência completa que envolve o consumidor em um nível emocional.

Criar conexão é o centro da estratégia. E isso começa com uma pergunta fundamental: "para quem a marca surgiu?". Ser específico na definição de quem a marca atende, ao invés de querer alcançar "todo mundo", aumenta a identificação e o valor percebido.

Até porque, quem quer vender para todo mundo, costuma não vender para ninguém.

  • E essa identificação só é possível quando se tem um posicionamento muito bem definido. Como já dizia Simon Sinek, “as pessoas não compram o quê você faz, elas compram por quê você faz”.

A Nike, por exemplo, tem como propósito “mover o mundo adiante por meio do poder do esporte”. A Coca-Cola quer “refrescar o mundo e fazer a diferença”. O Google deseja “organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos”. Percebe que não foram citados os produtos ou serviços?

No fim, marca é sobre conexão genuína. É sobre ouvir, entender e se comunicar de forma que faça o consumidor sentir que faz parte de algo maior do que a transação.

Sou a Muriel Guim, co-fundadora do Studio Matiora — um estúdio de estratégia que acredita que marcas surgem para ajudar um grupo específico de pessoas. E a forma mais poderosa de se conectar com esse grupo é comunicando a razão pela qual a marca existe, sua causa no mundo e no que ela acredita.

FUN OF THE WEEK
Guess the brand
  • It’s storytime, again. E na de hoje, com fofoca corporativa. 🤑

Eis que a estagiária aqui estava em mais um dia de trabalho no seu antigo emprego, e se depara com a seguinte demanda de um cliente: criar uma identidade visual e naming para uma marca de cachaça. A destilaria, que ainda estava prestes a ser lançada, queria algo bem tradicional e similar ao que vemos nos concorrentes de mercado — mas a agência queria inovar.

A equipe até tentou explicar a importância de se destacar com algo diferente, mas como conhecemos bem, o cliente não deu ouvidos. Depois de semanas de estudo, trocas e construção, esse aqui foi o resultado final:

O cliente ficou mega satisfeito, liberou para a produção e comercializou a cachaça dessa forma durante meses. Tudo parecia tranquilo, correto, sem nenhum problema.

Até que, num belo dia, um e-mail chega para nosso setor administrativo. Estavam nos processando por plágio de uma outra marca do mesmo segmento, pela grande similaridade no nome e logo.

🧷 Eis a questão: qual era a marca de destilados que estava nos processando? Chute aqui.

(Continue rolando para descobrir a resposta.)

BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🍕 Imagina o briefing: promover micro-ondas // A solução: criar uma pizzaria. A Consul surpreendeu com a Pizza di Ontem, uma pizzaria temporária em SP, servindo pizzas do dia anterior, aquecidas à perfeição nos seus micro-ondas.

“A IA só é tão poderosa quanto o talento que a utiliza”. É o que diz essa campanha da Fiverr, plataforma de freelancers, que contém todos os estereótipos de uma IA e é feita por uma.

🎬 Levar um pedaço da TV para casa? A Netflix fez isso acontecer! A plataforma lançou a loja pop-up As Seen on Netflix em Londres, com figurinos e adereços icônicos de suas séries mais populares, como The Crown e Black Mirror.

💦 O que te faz suar? Na nova campanha Proteção que Muda Tudo, Rexona Clinical coloca pessoas em situações tensas, como um date às cegas com Anitta ou uma entrevista de emprego com Bianca Andrade, mostrando sua proteção superior contra suor e mau odor.

🧳 Esteja onde seu consumidor está. A BÉIS, marca de acessórios de viagem, aproveitou a trend das influs mostrando suas bandejas de segurança de aeroporto super organizadas e posicionou seu anúncio ali, transformando o momento em uma vitrine perfeita para seus produtos.

🥰 Something Old: Esse anúncio de 2010 do Mc Donald’s retrata a paternidade e é uma fofura. Tá aí uma marca que sabe se inserir no cotidiano e fases da vida dos consumidores.

TRENDING TOPICS OF THE WEEK
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. Clubes de futebol (Racing Club, Juventude, Atlético Peñarol…) ⚽️

  2. CMSP 📖

  3. Campeonatos de futebol (UEFA, Libertadores…) ⚽️

  4. ENEM 📚

  5. Globo 📺

Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

🎀 Essa marca mudou por completo seu público sem querer. Isso mesmo, relembre aqui esse caso maluco da Planet Girls, uma marca de moda feminina que precisou se adaptar para continuar viva e em alta.

🧭 Sempre há alguém a sua frente. A não ser que você seja uma dessas marcas aqui e seja considerada uma das mais bem preparadas para o futuro, segundo a agência Future Brands. Que baita pesquisa!

🌀 Squish, refresh, repeat! Essa nova trend de amassar produtos e vê-los se transformar magicamente está dominando o TikTok. Conhecida como "Squish to Refresh", ela mistura efeitos de IA e edições criativas para fazer qualquer item voltar à vida de uma forma inesperada. Veja.

RESPOSTA DA CHARADA

Johnnie Walker. Essa é uma história real de como essa marca escocesa de uísque processou uma pequena cachaçaria do interior de Minas — e venceu. Tudo isso começou em 2008, e o caso ficou tão famoso, que tem gente vendendo a garrafa da extinta João Andante a quase mil reais, dá pra acreditar? Saiba mais aqui.

Foi assim que a uma marca local acabou ganhando visibilidade ao se aproveitar do hype do processo judicial. Mas quando isso é feito intencionalmente, há nome: ambush marketing.

Várias marcas usam da estratégia de chamar a atenção para seu concorrente em algum atributo em que você seja superior. Clique aqui para ver alguns dos exemplos favoritos da estagiária para você se inspirar, mas antes de testar, lembre-se: tenha a certeza de que você pode ganhar essa luta sem ser processado.

O que você achou da edição de hoje?

antes de ir, nos conte o que achou da edição de hoje. É super importante para aprimoramos a cada semana.

até segunda-feira que vem, byeeeeee! 👋🏻

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