26/08/2024

LESSON OF THE WEEK

A marca escolhe seu público ou o público que escolhe sua marca?

Sempre que surge um novo negócio, há duas opções: ou você já sabe para quem vai vender, ou ainda vai descobrir. Com a Planet Girls, ambas as respostas se aplicam. Take a look:

Fundada em 1997, a marca de moda feminina nasceu para proporcionar poder, ostentação, sensualidade e feminilidade às consumidoras.

👚 Trazendo referências da moda americana, como o famoso moletom de veludo da Juicy, a Planet se popularizou entre as classes A e B. Suas peças eram pouco acessíveis, e as lojas localizadas em shoppings e bairros de luxos, se tornando desejo para meninas que queriam, mas não podiam pagar pelo produto e lifestyle.

Passado o hype da marca, por volta de 2010, essas consumidoras começaram a ter acesso às peças e, aos poucos, a marca alterou parcela significativa do seu público contra sua vontade. Hoje, a Planet é uma roupa de identificação entre as “Mandrakas” ou “Planetárias", estilo de moda muito presente nas favelas, periferias e bailes funk.

Odds changed: Há algum tempo, a internet e, principalmente o TikTok, tem nos dado o poder de acessar e monetizar diferentes realidades, entre elas, as Mandrakas — que tem ganhado figuras de representação como Malu Haridade e Luana Maia. Essas são influencers que somam mais de 3M de seguidores nas redes. Assim, a Planet parece ter entendido que é hora de virar a página.

Hoje, apoiam e fazem parcerias com essas creators nas redes, financiando até um clipe de Luana sobre a Planet. Adotaram um design de peças e posicionamento focado nesse nicho, e assim, alcançaram mais de 1M de seguidores.

Um baita case sobre a importância da adaptabilidade nas marcas e de que não se trata apenas de quem você quer alcançar, mas também de quem deseja consumir. Nem tudo está sob nosso controle, mas mudar a estratégia pode trazer o controle de volta. E você, o que faria no lugar da Planet Girls? Conta pra gente aqui.

TREND TO WATCH

Será que o marketing B2B está mais próximo do B2C do que pensamos?

A decisão de compra B2B certamente envolve múltiplos stakeholders e uma análise que considera o impacto na empresa, o tempo e os custos, tornando o processo mais longo. Assim, naturalmente, ele se diferencia do B2C. Mas até que ponto?

Então, no fim do dia, será que não se trata de entender as dores das pessoas que compram seu produto ou serviço e segmentar a comunicação para elas? Indo além da abordagem clássica da categoria, que foca em características de produto de forma mais racional e institucional.

Não tem uma resposta certa, mas a estagiária aqui separou algumas das suas campanhas favoritas que souberam fazer exatamente isso.

“Let's Make You a Business”, Shopify

A Shopify, uma plataforma líder de e-commerce, permite a criação de lojas online para pessoas e empresas. Ela tem a visão de se tornar a primeira escolha para novos empreendedores.

“Put AI to Work for People”, ServiceNow

ServiceNow, uma plataforma de soluções digitais na nuvem, busca ser reconhecida (brand awareness) por otimizar operações, gestão, segurança e atendimento ao cliente.

“I Like It When He Give Me The Business”, Zendesk

Zendesk, uma plataforma de atendimento ao cliente, facilita o suporte e o engajamento através de múltiplos canais de comunicação. Seu papel é convencer empresas a investir no seu sistema de serviço o consumidor.

E aí, qual é sua campanha favorita B2B? Compartilha aqui com a gente que traremos mais destaques semana que vem.

POR DENTRO DAS AGÊNCIAS

Travei na análise! E agora?

Esses dias a minha equipe me questionou sobre por onde começar a fazer análises inteligentes e isso me pegou de baixa guarda. Afinal, não existe uma fórmula mágica 🪄 e concreta para você desenvolver suas habilidades nessa área. Como em qualquer outra, algumas pessoas têm mais facilidade que outras e tudo bem!

Mas nos reunimos um dia inteiro e compartilhamos experiências, dores, vivências e ideias que possam ajudar as ideias fluírem mais livremente. Então resolvi trazer alguns pontos para cá que talvez possam ajudar alguém que esteja precisando de uma inspiração.

1. Se organize. Nenhuma análise é possível sem tê-la de forma organizada e clara, seja em um dashboard ou em uma planilha.

2. Se antecipe. Pense em quais informações são cruciais para uma análise bem feita. Se você utiliza uma ferramenta como o analytics ou algo mais limitador, orquestre onde as informações mais importantes estarão e pense em tudo que irá precisar de insumo para ter uma boa análise (os parâmetros de URL são vidaaaa).

3. Entenda todo o contexto da sua campanha/cliente. Às vezes focamos apenas no KPI principal da campanha, e pela falta de conhecimento do negócio, podemos acabar sugerindo otimizações que podem sair pela culatra. Isso porque os objetivos de negócio nem sempre são alinhados com o de mídia e o profissional que leva em consideração todo o contexto do cliente, se destaca ;).

4. Autoconhecimento é tudo. Não adianta você se desdobrar em 500 para criar um super dashboard só porque seu colega também faz assim, se esse tipo de leitura não funciona para você. Entenda qual é sua relação com os números e qual é o layout que mais te ajuda a fazer uma leitura dinâmica.

LET'S TALK DIGITAL

Todo creator deveria saber disso

Na guerra por engajamento, ganha quem chamar mais atenção ou simplesmente quem aparecer mais vezes na tela. Por isso, aqui estão algumas ferramentas que podem otimizar e dar um glow up nos seus conteúdos.

🤳🏼 Já pensou em transformar seus posts carrossel em reels sem fazer nenhum esforço? A Lumen5 é uma ferramenta que cria vídeos em minutos, e pode ser life-changing. Ela transforma qualquer conteúdo de texto em vídeos completos, com edição avançada, incluindo músicas de fundo e até animações. Os planos mensais vão de US$19 a 149, vale a pena conferir.

🎙️ Todo mundo já quis ter um podcast, até ver o preço de um microfone profissional. Por isso, o Podcastle é uma plataforma que simplifica a captação e edição de áudio de maneira impressionante. Sem setups caros ou plataformas de edição complicadas, você cria um episódio com áudio limpíssimo. E o melhor? Seu uso é de graça. Acabaram as desculpas!

🗣️ Ainda na onda do áudio, essa é pra você que não curte a própria voz: o Murf é uma IA de geração de voz a partir de texto para qualquer fim. O mais legal é que você pode escolher entre o tom da voz, com algumas opções como: Author, Corporate Coach, Costumer Support, e por aí vai! Dá pra brincar bem, hein?

BYTES TO BITE

Um giro pelas últimas campanhas de destaque

• Quando você pensa em autoestima, pensa em… Dove. Seu compromisso em celebrar a autoestima transcende gerações. E, nesta nova campanha, foge da comunicação com jovens e coloca mulheres 60+ no centro das atenções, abordando o ageísmo.

• Conhecer seu consumidor muda o jogo, e Heinz entendeu isso. Notou que, apesar de os holandeses gostarem do sabor de picles, preferem retirá-los dos hambúrgueres. Assim, lançou uma máquina que troca picles indesejados 🥒 por Ketchup de Picles.

• Cuidados com a saúde bucal, interessado em saber mais? Pois é... Sensodyne entendeu isso e, em sua nova campanha, chama a atenção do público ao limpar as placas de trânsito da cidade de São Paulo, simulando a remoção de placas dentárias. Veja aqui.

• Emily em Paris lidera o jogo de brand placement. Eles integraram suas narrativas com marcas reais, como a Baccarat, ao invés de criar histórias fictícias. Um exemplo é o lançamento de um perfume verdadeiro, trazendo awareness e storytelling para a marca.

• Something old: Em ano de eleições, com as fake news em alta, devemos lembrar: É possível contar um monte de mentiras dizendo só verdades. Com isso, relembre essa campanha da Folha de S. Paulo que crítica a desinformação e manipulação. Spoiler, o Hitler está nela.

TRENDING TOPICS OF THE WEEK

Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

1. Jogos de futebol (Bolívar x Flamengo) 🏟️

2. Clube de futebol (Vitória, Botafogo e Cruzeiro) ⚽️

3. Folclore (Gênero literário) 🧚🏻‍♂️

4. Globo (Notícias) 🗞️

5. Lua (Fase cheia) 🌕
   

Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

📱 Por que a Apple lança um iPhone todo ano, sabendo a tecnologia dos próximos anos? Os tênis Jordan da Nike seguem a mesma lógica. É a regra dos 3%: o novo gera estranhamento e rejeição. Introduzir inovações aos poucos cria algo visto como novo, mas já familiar. Veja aqui.

📺 A chegada do streaming marca o fim da TV aberta? Durante as últimas Olimpíadas, a Cazé TV desafiou a gigante Globo, mostrando que há diferentes maneiras de fazer o mesmo. Esta análise explora os pontos fortes e fracos de cada uma, mostrando que há espaço para todos.

🧴 Como uma marca tradicional pode se manter atual? Granado deu aula ao se reposicionar para conversar com novas gerações. De perfumes virais no TikTok a uma sorveteria temática e parceria com a We Coffee, a marca soube se reinventar e conquistar públicos diversos.

MEME OF THE WEEK