
por que você está apostando?
bom dia. as casas de apostas nasceram no século XVII, nas corridas de cavalo —eventos que eram símbolo de status. no século XIX, elas começaram a publicar suas cotações nos jornais, tornando-se manchete, e saindo das pistas de cavalo para conquistar as massas.
Mas, se parar para pensar, estamos sempre apostando: em novas marcas, em relacionamentos, em experiências. O que diferencia uma aposta da outra não é o risco em si, mas a forma como ela se transforma em recompensa: instantânea, futura ou duradoura. Então, pare e pense, no que você vai escolher apostar hoje?
uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭
POLL OF THE WEEK
🇺🇸 A Casa Branca agora tem perfil oficial no TikTok. O movimento reforça como até os governos estão se adaptando aos novos canais de comunicação.
O que você acha disso?
Conte o porquê e, na semana que vem, vamos compartilhar a resposta e os melhores comentários!
(Continue rolando para ver os resultados do poll da semana passada)
—
RESUMO DA SEMANA
Hot takes pelo 🌎
📺 Os programas de TV migraram para o social. Agora as marcas viram estúdios: criam séries que a gente acompanha no feed, como se fosse Netflix — só que nas redes sociais. Bilt, Alo Yoga e Sephora são só alguns exemplos.
📲 Novo conteúdo trending: mockumentary. Documentário de ficção que mostra o “off” da vida real com humor. E quem tá surfando essa onda? The Office, que retorna em novo formato com The Paper, confira.
📙 Palavras do TikTok agora viram oficial no dicionário. Termos como delulu, skibidi e tradwife foram incorporados ao Cambridge Dictionary — sinal claro de que a linguagem está sendo moldada em tempo real pelas tendências da internet e das redes sociais.
🎥 A era dos streamings foi longe demais? O Oscar negocia sair da ABC e estrear direto no YouTube — like, subscribe e red carpet. Seria um choque para Hollywood, já que o evento sempre foi território das grandes emissoras.
📝 A agência que te faz assinar um “tratado da falabilidade” antes do job. Isso mesmo: a Block Report obriga os clientes a aceitarem riscos e ousadia em nome de relevância. Em vez de polir brand image, o foco é brand saliency — porque, no fim, é melhor ser lembrado do que perfeito.
—
BIG STORY
A bolsa de investimento virou cassino?

A Robinhood ficou famosa por “democratizar” os investimentos. Foi a corretora que colocou ações na palma da mão da Gen Z e transformou trading em hobby. Nos EUA, ocupa um papel parecido com o Nubank no Brasil: símbolo de acessibilidade, simplicidade e digital-first.
Agora, dá mais um passo ousado: lançou prediction markets para jogos de futebol americano — NFL e college.
Como funciona? Diferente de uma aposta tradicional, em que a casa define as odds e ganha no spread, aqui quem define o preço são os usuários, comprando e vendendo posições em tempo real. É como se o resultado do Super Bowl fosse tratado como ação na bolsa.
Desde o fim de 2024, a Robinhood já vinha testando esse modelo na política — começando pela eleição presidencial dos EUA, onde os usuários podiam negociar quem venceria entre Trump e Kamala Harris — além de economia, cultura e até cripto. O futebol é só o próximo capítulo. E não qualquer esporte: a NFL, o mais popular do país, que concentra picos de audiência e paixão nacional. Só nesses prediction markets, já foram mais de 2 bilhões de contratos negociados, enquanto a ação da empresa disparou +400% em um ano.
💡 O curioso é ver como a Robinhood está reposicionando as apostas. Ela sempre foi sinônimo de “investir ficou fácil”. Agora, pega esse mesmo discurso e reposiciona: “apostar ficou fácil”. É o branding se dobrando sobre si mesmo, transformando investimento em entretenimento esportivo. A ambição é clara: virar um “one stop shop” de finanças, apostas e cultura pop.
⚖️ Oficialmente, não é betting: os contratos rodam por uma exchange regulada pela CFTC, o equivalente à CVM americana. Isso dá verniz de “investimento” ao que, na prática, se parece bastante com uma aposta.
🇧🇷 E no Brasil? Por aqui, não temos nada parecido. Corretoras como XP, BTG ou Modal oferecem produtos estruturados, mas nunca entraram no território de eventos esportivos. Ou seja, por enquanto, investimento continua sendo investimento, e aposta continua sendo aposta.
💭 O ponto é: quando investimento começa a se parecer demais com aposta… até onde essa linha vai se misturar no futuro? E, mais importante, quando uma marca começa a reposicionar esse discurso, o que fica dela no imaginário coletivo? É o mesmo movimento que a Ro está fazendo com os remédios GLP-1 ao colocar Serena Williams como embaixadora: não é só sobre produto, é sobre narrativa. E narrativa, no fim, é o que molda a percepção de marca.
—
BRAND MARKETING CASE STUDY
Lá fora, fast fashion. Aqui dentro, quase luxo?

A H&M aterrissou no Brasil… e não chegou de fininho: foi com um super show no Ibirapuera, presença de Naomi Campbell, Anitta, Gilberto Gil, modelos brasileiras e muitos influencers.
🪡 Zoom out: Criada na Suécia nos anos 1940, a H&M é hoje o segundo maior grupo de fast fashion do mundo, atrás apenas da Zara. Sua virada veio nos anos 2000, ao transformar tendências de passarela em peças acessíveis, que derrubavam a concorrência, em tempo recorde.
O problema? A pressa e o preço baixo têm um custo: a marca está entre as mais criticadas por poluição e por sua cadeia de produção.
Ainda assim, segue gigante. E a estratégia para sua chegada no Brasil já mostrou algo curioso: a H&M não quer brigar na guerra dos preços baixos contra as chinesas, como Shein e Temu. A escolha do Shopping Iguatemi e o tamanho do lançamento apontam outro caminho — associar-se ao universo do luxo acessível.
No Brasil, o “importado” sempre carregou esse selo — etiqueta e composição ficam em segundo plano diante do desejo de ostentar e valorizar o que veio de fora.
Esse comportamento explica a lógica da Zara de preços altos e agora guia a H&M: disputar preço por aqui é arriscado, as chinesas já dominaram esse território. A saída é competir em status, onde o preço alto não afasta, mas pode funcionar como credencial.
É nesse espaço que a H&M quer se firmar. Resta ver se o storytelling da campanha sustenta essa ambição e provoca a reviravolta que o varejo brasileiro tanto aguarda.
—
BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque
👖 Gap responde American Eagle. “Better in Denim" é o nome da campanha — que mais parece um clipe de música — e reúne mulheres de diferentes etnias vestindo jeans… como uma resposta aos “great genes” da Sydney Sweeney.
🫠 Serena Williams toma Monjauro. É sério: a atleta decidiu assumir, nessa campanha em que aparece como embaixadora, que está em tratamento de GLP-1 da Ro — uma farmacêutica “aesthetic and cool”.
🐊 Lacoste decidiu mudar seu crocodilo. Já que o Djokovic é o Goat, a nova aposta é na cabra… essa ação ainda chamou os fãs do tenista para estrelar o teaser. Way 2 cool.
👓 Collab entre Volkswagen e Chilli Beans. Serão 29 modelos de óculos inspirados em modelos da montadora, passando por Fusca e Kombi. O vídeo de anúncio da parceria reuniu 22 motoristas e 160 carros, confira aqui.
🛵 99 motivos pra me chamar… Eles estão entrando com tudo mesmo, e a nova ação foi lançar essa música com Veveta e Pedro Sampaio. Um jingle dos tempos atuais.
🍅 Mais uma da Heinz. Como sempre, reforçando a superioridade dos seus tomates.
—
TRENDING NOW
UM CREATOR
Esses aqui, que estão ajudando o exército dos EUA a recrutar soldados.
UM REPORT
O Pinterest acabou de soltar as principais apostas de tendências para o outono de 2025.
UMA ARTIGO
Esse cara analisou qual rede de fast food dos EUA gera maior desejo pelo seu hambúrguer.
UM MEME
Um retrato fidedigno da era publicitária que vivemos.
UMA APRENDIZADO
Como uma mudança de design simples pode evitar um prejuízo de milhões.
UM PODCAST
Quando um pensamento intrusivo cria uma das maiores IPs do planeta: Pokémon.
ANOTA ESSA
Um YouTuber bateu o ChatGPT e se tornou o #1 app da App Store. Hank Green lançou o Focus Friend, um app em que um feijão virtual tricota meias enquanto você foca no trabalho. Quanto mais você se concentra, mais meias ele produz. Depois, dá pra trocar as meias por itens pra decorar a casinha do seu feijão. Vejá só.
Simples, fofo e viciante. Mas mostra algo maior: criadores de conteúdo são, talvez, os criativos mais versáteis da nossa geração. Eles entendem de atenção, sabem o que prende as pessoas — e conseguem transformar isso em produto, mesmo fora do seu nicho.
👉 No fim, a tecnologia se democratizou. Qualquer um pode ser o designer dos seus próprios produtos. O diferencial não está no código, mas na criatividade. E você — ou a sua marca — pode muito bem criar o próximo #1 da App Store.
LAST WEEK POLL RESULT:
👀 Já ouviu falar em cheapfakes? São vídeos manipulados com IA que parecem reais, e já acumulam milhões de views no YouTube. Qual sua opinião?
88,64%: Um risco de desinformação. Vs 11,36%: É o futuro e vai virar estratégia.
⚠️ “Desinformação principalmente para os mais idosos, que não cresceram com a internet e por conta disso têm o olhar menos treinado para distinguir o que é falso do que é verdadeiro.”
🚀 “Como a IA é uma tecnologia acessível e bastante democrática, ela se tornará o mínimo necessário antes de outras, como internet, telefone e eletricidade. Utilizá-la não será mais um diferencial, mas sim o padrão. Daí em diante, assim como aconteceu com as tecnologias disruptivas anteriores, se diferenciará quem for mais... humano!”
—
Qual foi sua coluna preferida?
🗞️ Indique para um amigo aqui.
👀 Descubra como contaríamos a história da sua marca aqui.
🎧 Escute o nosso podcast aqui.
O que você achou da edição de hoje?
até segunda-feira que vem, byeeeeee! 👋🏻

POWERED BY
