A internet já foi bem feia, com banners piscantes, placas de “em construção”, e péssimas escolhas de fontes e cores — era tudo bem longe do que consideraríamos aesthetic.

Com o tempo, para ganhar confiança e se destacar, sites evoluíram para designs mais bonitos e produções mais elaboradas. O padrão de qualidade foi se elevando.

O desafio hoje? Tudo é super produzido e bem-acabado. Os vídeos no YouTube contam com setups de câmera que custam milhares de dólares, no TikTok eles exigem microfones e no Instagram, as fotos são todas super editadas e filtradas.

Então como fica se destacar hoje em dia? Voltando aos dias feios.

Anúncios "feios", quando levados ao extremo, chamam atenção, fazem você olhar duas vezes e querer compartilhar.

Funcionam por algumas razões:

A inteligência artificial (IA) está revolucionando a interação entre cliente e marca, deixando ela mais humana ao permitir maior personalização das experiências. Com a capacidade de analisar dados em tempo real, a IA molda às preferências e comportamentos do cliente, permitindo respostas imediatas e relevantes. Isso não só melhora o engajamento, como também fortalece os relacionamentos, criando uma conexão mais autêntica.

A chave é abraçar a flexibilidade e adaptabilidade em tempos de mudança rápida, mantendo a estabilidade e a confiança entre colaboradores e parceiros. Com a IA no jogo, as marcas conseguem ser mais eficientes e criativas, sem perder o toque humano. Misturando uma liderança que entende das emoções com a automação das tarefas mais simples, dá para focar em inovar e criar projetos que todo mundo gosta.

Com o tanto de informações e estímulos de hoje, se destacar na memória dos consumidores é um verdadeiro desafio para as marcas. Sabia que menos de 16% dos anúncios são lembrados corretamente e cerca de 1/3 dos anúncios online nunca é visto por ninguém?

Ser memorável desbloqueia quase tudo o que o marketing pretende alcançar, uma vez que a memória dita como as marcas são lembradas, armazenadas e recuperadas — ela é a ligação entre o marketing e a próxima ação do consumidor.

01: Se as memórias não são guardadas, elas nunca serão recordadas.

Para que uma marca se torne memorável, ela tem dois grandes desafios. Primeiro, deve chamar a atenção por meio da memória sensorial; precisa ser vista ou ouvida claramente. Em segundo lugar, a informação deve passar da memória de curto prazo para a de longo prazo, fixada por repetições ou conexões emocionais.

Entender essa lei explica por que as regras da criatividade tornam conceitos memoráveis. Conteúdos chatos, são ignorados. Por outro lado, estratégias que despertam emoções, brincam com informações incompletas, utilizam humor, ritmos e rimas e frequência, são essências para conquistar a atenção de início, e manter a relevância na memória dos consumidores.

02: As memórias não existem isoladas, elas são ligações entre coisas.

Para ficar na memória, informações devem estar interligadas. É aquela história: o que é lembrado junto, é recordado junto. Por exemplo, é mais fácil lembrar de algo feito enquanto bêbado se você estiver nesse mesmo estado. Memórias são mais acessíveis nas condições em que foram formadas. Então, para que sua marca seja lembrada em um ambiente específico, associá-la a seu contexto é essencial. Marcas de rua, por exemplo, ganham mais destaque quando anunciadas nas ruas. O desafio do marketing é capturar as pessoas no contexto certo.

03: Precisamos lembrar constantemente de algo para que ela fique em nossas memórias.

Memórias que não são revisitadas ou que perdem relevância no nosso dia a dia acabam sendo esquecidas. Para que marcas permaneçam nas nossas mentes, é necessário mantê-las presentes e relevantes, seja através de exposição constante ou interações que liguem novas infos ao que já conhecemos. Informações antigas podem ficar chatas, e as novas precisam se conectar ao conhecido para serem efetivas. Se não, fica difícil lembrar de eventos passados. Por isso, marcas precisam se enraizar nas rotinas diárias dos consumidores para serem memoráveis.

O investimento em marketing de influência deve chegar a $24 bilhões até o final de 2024 e segundo entrevistas do Ad Age com 20 profissionais, as principais tendências para o setor são:

Vamos explorar essa última tendência com mais detalhes.

Criadores de conteúdo estão estendendo suas atividades para além das redes sociais, alcançando TVs conectadas, OOH e ativações em lojas. Empresas como LTK e a agência Linqia já estão levando creatores para canais de TV conectada. O TikTok também expandiu para painéis externos digitais, integrando sua ferramenta "Branded Mission" ao seu portfólio de OOH digital.

As marcas estão reconhecendo o valor de engajar com o público dos creatores além das redes sociais, em pontos de contato diversificados na vida real. Assim, estão utilizando o conteúdo deles em múltiplos canais, entendendo que o marketing de influenciadores vai além de uma simples postagem. Na verdade, ele só inicia com ela.

Já do lado dos creatores, eles também estão diversificando seus conteúdos em várias plataformas e formatos — criando podcasts, newsletters, grupos de comunidade e até entrando no entretenimento mais tradicional, como séries de TV e filmes.

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados na semana, deixamos aqui os assuntos que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

📘 Brandbook a bíblia das marcas. O Comitê Olímpico Internacional divulgou seu brandbook, um manual detalhando toda a identidade da marca. Ele serve de referência, fazendo exatamente o que todo guia de marca deve fazer: definir limites, mas sem restringir o excepcional.

🔎 Descubra tudo o que sabemos sobre um tópico. Essa ferramenta de IA usa modelos de linguagem para entender sua consulta e criar uma página visual completa, permitindo explorar informações de maneira mais avançada que os motores de busca tradicionais.

🔄 Evolução no marketing de influência. A Squid, líder do setor, agora é Wake Creators. Esse rebranding a íntegra ao ecossistema Wake, ampliando sua estratégia para gerenciar digitalmente toda a jornada de consumo e expandir o alcance dos influenciadores além das redes sociais.