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21/10/2024
Fashion show da Victoria's Secret, milionário que enterra um carro, nada se cria, tudo se copia?
até onde a nostalgia nos leva?
bom dia. marcas nostálgicas nos fazem lembrar de quem fomos, mas é a inovação que define quem seremos. que saibamos honrar o passado, mas sempre mirando o futuro.
uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭
oii trendsetters, welcome home!
Temos muitos novos leitores esta semana e queremos dar as boas-vindas a todos vocês. Aqui, vamos explorar juntos tendências, estratégias, insights e estudos… tudo para inspirar você a ser ainda mais criativo, estratégico e visionário.
Queremos sempre trazer o conteúdo que vocês desejam, afinal, trendsetters são vocês, e nós só escrevemos sobre e para vocês. Então, não deixe de contar para a gente, lá embaixo, o que mais gostaria de ver por aqui.
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BRAND MARKETING CASE STUDY
Nostalgia ou evolução? O Victoria Secret Fashion Show is back!
Após 6 anos, a Victoria's Secret trouxe de volta seu famoso fashion show, parando Nova York na última terça-feira (15/10). Lendárias angels como Adriana Lima e Alessandra Ambrosio retornaram à passarela, ao lado de novos rostos que representam uma diversidade maior, contando com modelos plus-size, mais maduras e trans. Mas por que esse show tem tanta magnitude? Let's take it back.
Transmitido pela primeira vez online em 1999 e chegando à TV em 2001, o Victoria's Secret Fashion Show rapidamente se tornou um espetáculo global, assistido por milhões em mais de 200 países. Nos anos 2010, a marca dominava o mercado de lingerie nos EUA, e ser uma "angel" era o sonho de muitas mulheres.
Mas o que aconteceu?
O modelo antigo da Victoria's Secret — predominantemente de modelos brancas e extremamente magras — perdeu força com a ascensão do movimento body positive em meados da década de 2010. A marca foi acusada de sexismo e de ignorar a diversidade. A audiência caiu de 9,7 M em 2013 para 3,3 M em 2018, agravada por declarações polêmicas do diretor de marketing, que sugeriu que modelos trans não poderiam ser angels. O show foi cancelado em 2019 e, em 2021, o escândalo envolvendo a ex-CEO e Jeffrey Epstein levou à separação da Victoria's Secret do grupo L Brands. |
Nos últimos anos, a marca fez vários movimentos para tentar mudar sua imagem, como o documentário “Victoria´s Secret: A Ascensão” em 2022 e a substituição das “angels” por embaixadoras. No entanto, alguns argumentam que isso fez a marca perder seu diferencial.
Em 2024, a Victoria's Secret tenta se reerguer com o retorno do fashion show. Let's compare.
AntesO show era um verdadeiro case de branding. Não só o desfile, mas todo o processo criativo era uma narrativa à parte, com vídeos no YouTube mostrando os bastidores e diferentes ativações. Ser uma angel significava exclusividade e prestígio, ser parte de uma verdadeira comunidade, muito antes das marcas começarem a falar sobre esse conceito. Gisele Bündchen, por exemplo, faturou US$ 35 milhões durante seu tempo como angel. O show incluía grandes cenários, asas gigantes e performances de artistas populares, além do famoso fantasy bra, que chegou a valer US$ 15 milhões. Até mesmo os intervalos contavam com um stortelling envolvente. | AgoraEsse show foi mais discreto, semelhante aos desfiles das semanas de moda. Transmitido ao vivo, sem a narrativa elaborada de antes, o foco mudou do branding para o produto. O que influenciou essa mudança? O desfile foi realizado em parceria com a Amazon, que bancou grande parte do orçamento. Embora o budget fosse similar aos anos anteriores, foi direcionado para a Amazon Fashion e Prime, com influenciadores desfilando no pink carpet vestindo peças da Amazon. As roupas do show, inclusive, podiam ser compradas diretamente no site. Muitos sentiram falta de uma narrativa envolvente, dizendo que pareceu mais uma jogada de PR para transmitir inclusão e diversidade. |
Mas e aí, será que apesar das divisões de opinião, o show foi um sucesso?
O live show no YouTube já ultrapassou 18 M de views — mais views do que viewership dos últimos shows. Embora não tenha sido o favorito de todos, a nostalgia atraiu muitos espectadores. Mesmo com críticas sobre as ações de diversidade, o show trouxe algo significativo: angels lendárias dividindo a passarela com modelos plus-size, de diferentes idades e corpos, mudando a narrativa que a marca seguiu por anos.
Será que isso marca um recomeço ou apenas uma marca apoiada na nostalgia, sem conseguir se reinventar? Você acha que a Victoria's Secret vai recuperar sua relevância? Conta pra gente!
A DOSE OF VISUAL
Qualquer semelhança é mera coincidência?
Na esquerda, você vê peças de vidro da renomada artista plástica Relle Mardahl. Na direita, você vê produtos de skincare da marca Glowery, em que a fundadora afirma que a filha de 5 anos foi responsável pela criação das embalagens com massinha de modelar.
No TikTok, as pessoas têm notado a similaridade, dando o que falar. Seria o famoso “Copia, só não faz igual”?
O que você acha? |
POR DENTRO DAS AGÊNCIAS
Gen Z e a busca por conexões reais
Por Fernanda Tchernobilsky, Co-CEO da PROS
Ter milhões de seguidores em uma página não significa que sua marca construiu uma comunidade de verdade. Para engajar a Geração Z, é preciso ir além dessa métrica. Um exemplo que ilustra bem essa realidade é o caso de Arii, influenciadora com 2,6 milhões de seguidores e milhares de likes por post no Instagram. Mesmo com esse alcance aparente, ao lançar uma linha de camisetas, ela não conseguiu bater a simples meta de 36 unidades vendidas.
A Geração Z é a primeira nativa digital, mas também é uma das mais sozinhas: 73% desses jovens se consideram solitários. Nesse cenário, surge a pergunta essencial: como marcas podem construir laços reais com esse público? De acordo com um relatório da WGSN, investir em conteúdos de nicho é uma oportunidade estratégica para as marcas. Tendências globais estão dando espaço para expressões culturais locais e identitárias.
Além disso, mais do que outras gerações, os jovens nascidos entre 1995 e 2010 são mais engajados quando a publicidade é discreta ou tem toques de humor. Quase seis em cada dez jovens (58%) rejeitam anúncios que interrompem seu conteúdo, e 52% preferem campanhas criativas e divertidas. A Geração Z não quer ser interrompida — quer ser entretida.
Sou Fernanda Tchernobilsky, Co-CEO da PROS — uma agência que acredita no poder do PR criativo para construir conexões reais. Entendemos de pessoas e contextos sociais, o que nos permite liderar conversas criativas, relevantes e envolventes. |
O PR criativo é livre de formatos, permitindo que projetos ganhem vida de forma autêntica e impactante. Como em uma collab inovadora entre Netflix e Boticário, transcendendo o entretenimento para gerar relações profundas entre fãs. Bem como iniciativas que promovem o progresso feminino, com Intimus, inspirando meninas e mulheres a continuarem jogando ou estudando, com o apoio de influenciadoras impulsionando o movimento na Twitch. Ou ainda, lançando um festival de curtas-metragens para falar sobre saúde íntima, autocuidado e sexualidade de forma natural, com a participação de coletivos femininos de audiovisual das cinco regiões do Brasil. |
FUN OF THE WEEK
A charada do milionário que queria ser Faraó
It’s storytime. Em 2013, um milionário brasileiro resolveu enterrar seu carro, um Bentley — que custava mais 1M — para, segundo ele mesmo, poder utilizar o automóvel no céu, após sua morte. Jurou que estava no Egito Antigo, rs. Na época, a ação ganhou muita visibilidade no Facebook, pelas pessoas ficarem furiosas e acharem aquilo um absurdo completo. |
Depois de muito buzz na mídia, chegou o dia marcado para o “enterro”. Com o carro já na cova, o inesperado aconteceu: o milionário ordenou que todos parassem imediatamente e fez uma grande revelação. Aquilo tudo não passava de uma ação de marketing.
Sabendo apenas dessas informações, pense: qual produto ele estava promovendo?
Ao final da edição, você descobre a resposta para essa charada. Não vale rolar na curiosidade. Bota esse 🧠 pra pensar e chute aqui.
LESSON OF THE WEEK
Métricas that you should know…
Não é segredo pra ninguém que a área mais temida do marketing é a de análise de métricas. Em 2023, por exemplo, 52% dos profissionais de marketing ainda tinham dificuldade em medir o retorno real sobre investimento (ROI).
Um mercado ainda primitivo: fontes muito fragmentadas, plataformas diversas, e alterações de resultados entre curto e longo prazo — tudo isso torna a mensuração de resultados complexa.
Mas como um bom profissional precisa dominar esses conceitos, preparamos uma tool box desmistificando algumas métricas que podem te auxiliar em campanhas de maneira específica.
🔩 Análise de Engajamento: Likes e compartilhamentos são legais, mas não são tudo. Meça o tempo que as pessoas passam no conteúdo e quantas vezes interagem de forma mais profunda (comentários, saves). Se o público só dá like e segue em frente, talvez sua mensagem não esteja engajanda de verdade. 🪛 Awareness: Use ferramentas de mídia social e pesquisas de mercado para ver se mais pessoas estão falando sobre você ou se as buscas pelo seu nome aumentaram. Foco aqui: muito mais sobre lembrança que sobre conversão imediata. | 🔧 Entendimento do produto: Pesquisas pós-campanha podem ser executadas por e-mails, formulários ou até enquetes nas redes, acerca do entendimento sobre a mensagem. Se a campanha é sobre um atributo X, mas os leitores captaram o atributo Y, pode ser hora de ajustar a comunicação. 🔨 Monitoramento de Tráfego e Conversão: Observe o quanto o tráfego do seu site aumentou após o início da campanha e veja quantos visitantes se tornaram clientes. Ferramentas como Google Analytics ajudam a medir. Se o tráfego subiu, mas as vendas não, o erro pode estar na página de destino ou a oferta. |
Clique aqui para descobrir mais dessas e outras métricas
BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque
👺 O devil trabalha duro, mas o time de marketing de Wicked trabalha MAIS AINDA! O filme lança só mês que vem, mas já trouxe uma chuva de collabs: R.E.M Beauty, Mattel, Beis, Stanley, Crocs, Marks and Spencer, H&M e OPI — e essas são só algumas! 🌞 Choose your side. Malu Borges anuncia sua marca de beleza, a Soon, nesse teaser super futurista e inovador no nicho, que deu o que falar no TikTok: tudo a ver com ela ou nada a ver com o produto? 🍗 O jeito foi comprovar. KFC rebate as acusações sobre seu frango ser ultraprocessado com essa campanha que usa um raio X para estampar os ossos reais na cara dos clientes em OOH's. | 🧼 Live mkt também pode ser simples! Dove comprova que 9 a cada 10 mulheres mudariam para seu sabonete em uma ação super criativa nos cinemas, no lançamento do novo filme de Joker. 👟 Winning isn't confortable. Com a mesma tagline daquele anúncio de semana passada, Nike retrata a famosa dor muscular no quadríceps pós-treino ou corrida. Cool and simple. 👑 Something old: Uma tattoo por um burger? Burger King da Coreia do Sul surpreendeu com a campanha Whopper Tattoo, distribuindo tatuagens temporárias que eram códigos para um Whopper grátis. +8 mil pessoas aderiram, e a ação gerou um aumento de 208% nas vendas. |
TRENDING TOPICS OF THE WEEK
Marcas precisam seguir a cultura 🔥
Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):
Liam Payne (Cantor, ex One Direction — banda) 🎤
Clubes de futebol (Atlético, Peruana, Fluminense, Vasco…) ⚽️
Banco Central do Brasil 🏦
Copa do Brasil 🇧🇷
Dia do professor 🧑🏻🏫
Before 👋🏻 coisas que você precisa saber
📉 Perda trilionária nas marcas mais valiosas. As 100 marcas mais valiosas do mundo perderam US$ 3,5 trilhões em criação de valor desde 2000 por focar em ganhos de curto prazo. Entre as marcas que mais cresceram no ranking de 2023 estão Ferrari (#62) e YouTube (#24). Veja aqui.
🍴 O restaurante #1 de Austin não existe. O Ethos_atx, com quase 73 mil seguidores e elogios constantes, parece ser um restaurante top em Austin. Mas na verdade, tudo nele é gerado por IA — desde as fotos dos pratos até os próprios chefs. Check it out.
RESPOSTA DA CHARADA
Doação de órgãos. Era essa a premissa de toda a campanha. “Absurdo é enterrar algo muito mais valioso do que um Bentley: seus órgãos”, foi o que o empresário, que era Chiquinho Scarpa, discursou após a encenação.
“Eu fui julgado por querer enterrar uma Bentley, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas enterra coisas muito mais valiosas que meu carro. Elas enterram corações, rins, fígados, pulmões, olhos. Isso, sim que é um absurdo”, ele disse.
A iniciativa foi da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, para a promoção da Semana Nacional de Doação, e fez com que, naquele mês, o número de registro de doadores subisse.
Leia aqui a notícia da época.
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até segunda-feira que vem
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