i can see you

bom dia. crescer continua sendo sobre alcance — mas o alcance que importa agora não é só o da repetição, é também o da relevância. a escala ainda constrói marcas, mas só a intencionalidade sustenta significado. Byron Sharp diria: seja fácil de lembrar. mas ser lembrado, hoje, exige ser notado. e ser notado exige mais do que presença — exige verdade.

LESSON OF THE WEEK

Quem nasceu primeiro: o ovo, a galinha, o coelho ou o chocolate?

A gente sabe que você ganhou algum desses ovos de páscoa na sua infância no qual jamais vai se esquecer. E você definitivamente não foi o único… a tradição dos ovos não é antiga, mas sim, milenar, tendo origem no Cristianismo e até mesmo nas crenças pagãs.

• Os ovos de galinha já eram consumidos na Páscoa desde a idade média, carregando o símbolo de renascimento e renovação. Em toda a Europa, os ovos também eram oferecidos como dízimo para as igrejas, e dizem que foi daí que surgiu a ideia de dar ovos de presente. Com os anos, se tornou tradição presentear o alimento com decorações coloridas, que eram feitas usando cascas de cebola, raízes, beterraba, ou pétalas de flores.

Com a criação da manteiga de cacau, surgiram os primeiros ovos ocos, que podiam ser ser recheados com surpresas. Foi só no século XX que os ovos de Páscoa se democratizaram e se tornaram amplamente disponíveis em toda a Europa, com os fabricantes competindo entre si.

No século XXI, os ovos evoluíram para confeitos temáticos elaborados, guloseimas adicionais, trufas, canecas e brinquedos — consolidando, assim, a narrativa da caça, do coelhinho e da experiência com apelo emocional, principalmente para as crianças. Ovos começaram a ser lançados com licenciamento de personagens, edições colecionáveis parcerias com influenciadores.

🛒 Com o tempo, a indústria percebeu que a Páscoa era a segunda data mais importante do varejo alimentar, perdendo apenas para o Natal e envolvendo grandes supermercados, as famosas parreiras (que existem por um motivo), as chocolaterias artesanais, marcas de luxo e uma vasta gama de opções: do simples ao extravagante.

As marcas estão trazendo de volta produtos que evocam memórias: como o Caribe da Garoto, o Trakinas da Lacta (Mondelez) e a caixa de Lollo da Brasil Cacau.

Nostalgia vende, mas ela não age sozinha. O que move o consumo é a possibilidade de reviver ou oferecer uma sensação boa: um carinho da infância, uma embalagem familiar, uma figurinha repetida que agora, por mais que custe 3x o preço, ainda emociona.

TREND TO WATCH

I can see you

Calma, eu ainda não. Mas alguns outros já conseguem. E não, não é sobre nenhuma teoria da conspiração — é sobre negócios.

Sei que você está cansado de ouvir falar sobre a era da economia da atenção. Mas a real é: ela não acabou. Só ficou mais exigente.

A gente já entendeu que, com o excesso de estímulos, ver um conteúdo não basta. Ele precisa ser lembrado. Por isso, o jogo que por muito tempo foi sobre alcance e impressões, agora é sobre atenção. Humana. De verdade.

E é aí que entra uma nova métrica que vem ganhando espaço no mercado: aquela que literalmente rastreia pra onde você olhou. Sim, o seu olhar virou dado.

“Attention almost exactly predicts profit.”

Essa foi uma frase da Uber, que vem apostando em se tornar referência em “atenção de qualidade”, como forma de aumentar os próprios lucros.

A métrica que eles usam se chama APM (Attentive Seconds per 1,000 impressions).

• Na prática? Mede quantos segundos reais de atenção um ad recebeu a cada mil impressões.

• Como funciona? Eles usam painéis com eye-tracking pra entender onde as pessoas realmente olham e por quanto tempo. Com esses dados, alimentam modelos que cruzam viewability, tempo de tela e comportamento. O resultado: conseguem prever com boa precisão a atenção gerada — sem precisar escanear todo mundo.

É um shift de percepção e mensuração.

Tá funcionando?

Bom... em 2024, a Uber bateu a meta de US$ 1 bilhão em receita publicitária. Sim, bilhão. E junto com isso:

• EBITDA cresceu 44%

• Receita total aumentou 21% YoY

E, segundo eles, mudanças na atenção explicam 97,9% das variações de lucro.

Não é mágica. É estratégia de produto:

• Anúncios dentro do app do Uber Rides e Uber Eats

• Modelo de venda por custo por viagem

• Foco em formatos de atenção prolongada e pouco ruído

• Potencial de storytelling e construção de marca no longo prazo

E mais: cada app virou um momento diferente da jornada.

🛺 Uber Rides = topo de funil. Alta atenção, baixa distração.
🍔 Uber Eats = meio e fundo do funil. Conversão. Quase um retail media 2.0.

A Uber é só um dos exemplos de marca que não quer só medir cliques. Quer medir presença. E talvez — só talvez — esse seja o jeito mais lucrativo de anunciar daqui pra frente.

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TRENDING EM EXPERIÊNCIAS

O Coachella é um dos maiores festivais de música do mundo — e, mais uma vez, provou que não é só sobre música.

• Realizado nos dois últimos finais de semana de abril, o evento virou uma verdadeira vitrine global de branding, lifestyle e collabs improváveis.

Hoje, marcas disputam espaço por lá com o mesmo peso que artistas disputam o palco principal. Algo como o Super Bowl, mas com mais glitter e menos intervalo. A seguir, reunimos algumas das ativações que mais chamaram atenção:

🐍 818 Tequila

Criou o 818 Outpost, um festival dentro do festival com cara de autocamp dos anos 70. Teve DJ set do Anderson Paak, drinks grátis e mais de 40 marcas distribuindo brindes (incluindo uma collab com a Rhode, da Hailey Bieber). Virou point de celebs e máquina de conteúdo. Check out.

🦋 Nello

Transformou o lançamento da marca na Target em uma experiência: levou as influenciadoras direto para a Target mais próxima e criou uma ponte entre varejo e conteúdo de festival com alta curadoria estética. Check out.

📌 Pinterest

Montou um espaço com vibe desert dream, onde o público podia experimentar as tendências mais buscadas no Pinterest, remixar visuais e ainda sair com um retrato feito por stylist. Check out.

🪽 Red Bull

Lançou o Red Bull Mirage, uma estrutura gigante de 20 mil m² com 3 níveis Check out:

• No térreo, slushies e DJ para o público geral

• No meio, omakase do Nobu com drinks Red Bull (nível reservado)

• No topo, lounge VIP para creators e celebs

🌸 Kosas

A marca botou uma frota de SUVs rosa pra circular em Palm Springs distribuindo amostras do seu protetor solar DreamBeam. E, convenhamos: se tem um lugar onde ninguém recusa um sunscreen, é no meio do deserto. Timing perfeito, no lugar ideal — e todo mundo saiu brilhando (no bom sentido). Check out.

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TO KEEP YOU INTERESTING

Coolest press kits

Não basta fechar parceria com influencers… tem que saber fazer bonito. Por isso, esses aqui são os press kits mais cool que a estág viu nessa semana pra te inspirar.

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BYTES TO BITE

Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🍅 Você no drip, sem perder o molho. A Heinz lançou um Grizzl — aquele acessório de dente dos rappers luxuosos — que te auxilia a abrir os sachês da marca. Sério, que campanha!

🔎 Cool social. A Olipop, marca de refrigerantes saudáveis dos EUA, lançou sua versão mini, mas que só dava pra descobrir vendo através de uma lupa.

⌚ Seu Apple Watch pode salvar sua vida. É o que afirma essa campanha impactante da apple criada com o audio real de um usuário que estava em risco de afogamento e foi salvo.

🍔 BK e a famosa cabeça de Ozempic. Nessa campanha estrelada pela cantora Maiara, conhecida pela sua magreza, a rede de fast-food brinca com a polêmica pra afirmar que ela come sim.

🪐 Quando o sneaker vira cinema. A On não lançou só um tênis — lançou um universo. Trocou o lookbook tradicional por um trailer de filme sci-fi estrelado por Zendaya como uma astronauta. Tudo isso para apresentar o novo modelo Cloudzone e a coleção Movement Lifestyle SS25.

🥚 O ovo de páscoa salgado. A Walkers lançou uma campanha de Páscoa com uma batata frita em formato de ovo, oferecendo uma alternativa salgada ao chocolate. Uma prova de que, independente da sua categoria, dá pra surfar o calendário — se você tiver uma boa ideia.

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TRENDING TOPICS OF THE YEAR

Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

1. Sobreposição quântica (campo de estudo) 🧠

2. Sexta-feira Santa (Páscoa) ✝️

3. YouTube 📺

4. Clubes de futebol (Santos, Fluminense...) ⚽

5. Cacau Show 🍫

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Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

👜 Em meio ao tarifaço do Trump, os próprios fornecedores chineses estão levantando essa discussão sobre luxo no TikTok.

⬜ Os totens digitais do McDonald's são uma estratégia pra manipular seu consumo. Não acredita?

🤣 Se você é aquele estereótipo pronto de publicitário, vai se divertir assistindo isso.

🛍️ O mês do consumidor acabou, e teve marca que soube jogar o jogo certo. Veja aqui as varejistas que se destacaram — e por quê.

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