18/11/2024

BK vs Méqui, CEO's são influenciadores, mundo maluco e markgeist

marcas não existem

bom dia. sua marca é a soma total das experiências que seus clientes têm com você.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

LESSON OF THE WEEK

Em continuação da última semana, vamos trazer os destaques das palestras favoritas da nossa estagiária do RD SUMMIT, e a escolha desta semana te ensina:

Lições de um mestrado em concorrente chato

COM JOÃO BRANCO, EX-VP DE MARKETING DO MCDONALD'S

Todo mundo, inclusive você, olha ao redor e pensa: “O que ele/ela tem para me oferecer?” E é exatamente isso que os consumidores pensam da sua marca. O que você entrega de único?

João Branco contou que seis anos atrás, o Méqui 🍟 perdeu a liderança entre os jovens no Brasil. E é fácil se perder e copiar o colega do lado, que está fazendo igual a você — e pode estar se dando melhor.

Mas a real é que a solução não está em seguir o que todo mundo faz ou simplesmente replicar todas as tendências. É sobre fazer do jeito que só a sua marca consegue. Se a tendência é pistache, o que só a sua marca pode criar com isso?

O Méqui retomou a liderança entendendo que não precisa ser a melhor empresa na sua área — hambúrguer 🍔 — mas sim a melhor empresa na fome do seu cliente — em pessoas que comem hambúrguer. A chave é focar no que esse público ama e consome de verdade. 🔑

👉🏻 Trazendo menos perfeição e mais autenticidade — menos McDonald's, mais Méqui.

No fim das contas, quanto mais você olha para o concorrente, mais parecido com ele você fica. Coloque o cliente na frente e o concorrente atrás. Qual é o seu core business? Foque nisso.

Afinal, ninguém vai ao Méqui só pelo hambúrguer, ou ao salão só pelo corte. Eles querem algo a mais — sua ajuda, e você oferece essa experiência.

Mostre que você se importa, entenda o que o cliente quer sentir, e as pessoas certas vão até você. Tem espaço para todos.

Ninguém tem só uma marca no armário, abastece sempre no mesmo posto ou usa o mesmo shampoo a vida toda. As necessidades mudam, as ocasiões também.

Entenda em qual momento você se encaixa. Para qual cliente você é a melhor opção e em qual contexto?

“A melhor estratégia de marketing do mundo é você se importar com o seu cliente. E cada vez que você entrega um produto ou serviço, você não entrega só isso. Você entrega um pouco de você junto. Então entregue a sua melhor parte.”

Conte aqui, qual foi a melhor lição que você aprendeu com um concorrente.

POR DENTRO DAS AGÊNCIAS
Era uma vez um mundo maluco... e o Markgeist

Por João Raia, founder da No Clima

Outro dia, numa conversa com uma amiga, ouvi aquela frase batida: “O mundo tá mesmo maluco, né?”. Essa frase pode se aplicar a uma lista infinita de coisas: guerras absurdas, mudanças climáticas, o burnout do trabalho, a polarização política… Não faltam escolhas.

Dizer "um mundo maluco, fragmentado, solitário e ansioso" tem sido quase o "Era uma vez" da nossa geração. É como se essa frase tivesse virado um preâmbulo universal para qualquer conversa ao nosso redor, né? E enquanto tá todo mundo tentando fazer sentido desse caos, me surgiu a dúvida: tá, mas como ficam as marcas no meio dessa maluquice toda?

A ideia de espírito do tempo sempre me encantou, porque ela parecia, ao mesmo tempo, tangível e fluida. Por décadas, o Zeitgeist ajudou a gente a entender o contexto cultural e social dos nossos tempos. Era como se a gente tivesse nos sintonizando com o clima geral pra entender o macro e construir uma marca relevante para aquele tempo (e pros tempos que viriam).

E, honestamente? Isso também acabou gerando um bocado de clichês: marcas tentando se apropriar das conversas do momento, pintando promessas que, na prática, não se sustentam. Parecia que tinham comprado seus discursos numa lojinha de congelados criativos. Capturar o Zeitgeist parece algo cada vez mais complexo e menos eficiente, e, com mil conversas paralelas, o que é relevante para um grupo pode ser completamente ignorado por outro.

É aí que entra um novo conceito que eu chamo de Markgeist — o “espírito da marca”. Markgeist é sobre como uma marca cria sua própria atmosfera, uma identidade que envolve as pessoas em meio a essa realidade fragmentada (e não, isso não é só sobre ser omnichannel).

  • Pensa em como marcas como O Fantástico Mundo da Sardinha Portuguesas, Wild Thingz, Sorry Nonna, Soapbottle, Liquid Death foram capazes de criar universos inerentemente seus — conectados com o que está acontecendo "lá fora", mas gerando experiências, histórias e emoções que não podem ser simplesmente copiadas.

É ser sinestésico pra criar algo que seja transversal ao caos e à fragmentação do dia a dia. E é justamente essa essência atmosférica e 'espiritual' que resiste à diluição em um mercado saturado, evitando que tudo caia na mesmice das promessas “blandificadas” (do inglês, bland é sem graça, sem sal - daí, blanding = tudo igual).

Micro-bolhas, subculturas e nichos... O desafio das marcas não é mais apenas entender o que está acontecendo no mundo, mas sim, criar algo autêntico e relevante para as pessoas potencializada pelo caos (que não é uma barreira, mas uma força propulsora de criatividade). É construir valor e oferecer a segurança de navegar pelo mundo e por nossas identidades com um parceiro que nos ajuda a fazer sentido.

Nossa atenção já foi pras cucuias e nosso consumo tem sido cada vez mais fragmentado e menos linear. Criar uma atmosfera exige uma essência inconfundível (e isso evidencia cada vez a necessidade de terapia pra várias marcas), além de ousadia pra sair da mesmice.

É sair da zona de conforto e abraçar a complexidade, entendendo que o impacto vai além de produtos e campanhas; é sobre a influência real que a marca pode ter nas comunidades e nas conversas que realmente importam.

Porque, sim, o mundo tá maluco — mas talvez seja nessa maluquice que a gente encontra as marcas que fazem a diferença ao nos oferecer um universo e uma visão de mundo mais interessante e real.

TREND TO WATCH
Marcas, na verdade não existem

A pergunta que a Faria Lima quer a resposta: quem é o dono? Uma pesquisa recente mostrou que 91% dos investidores concordam que a reputação dos fundadores é mais do que um diferencial: é um fator determinante na decisão sobre o aporte.

“Principalmente na fase inicial, a marca pessoal do founder é um dos ativos mais importantes a serem usados na comunicação com o objetivo de influenciar e contribuir para a credibilidade da startup”, explica Colombo, especialista em PR, fundador e CCO da MOTIM.

Não à toa, os CEOs têm saído das salas de reuniões e conquistado os feeds de redes, acumulando tanto aplausos quanto críticas. Mas o que eles buscam com isso?

O nome dessa estratégia é thought leadership, — quando os executivos passam a construir sua imagem pessoal e se posicionar, com o intuito de criar reputação dentro do mercado.

  • Pense que a era da transparência radical alimentou um desejo dos consumidores de ver além dos produtos e campanhas polidas. Eles querem autenticidade, conflitos e soluções.

👑 Talvez, o que as pessoas queiram seja conhecer o rosto de quem lidera. Afinal, no fim das contas, marcas simplesmente não existem — mas sim, pessoas, que as lideram e moldam suas decisões.

FUN OF THE WEEK
Guess the market

Você consegue adivinhar qual setor essa marca atua pelo seu feed?

Será que você consegue acertar? 🤔

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(Continue rolando para descobrir a resposta.)

BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🎥 Cena nova em As Branquelas. A globo interrompeu a exibição do filme propositalmente na cena icônica do carro com Terry Crews, para esse ad da Shopee. Quase um product placement!

🚨 Trend Alert!!!! Você já viu algum vídeo dessa trend no TikTok? O iFood usou dela pra criar esse anúncio promocional sobre os descontos de novembro, com um início que prende e faz rir.

👀 Tem turma nova no pedaço! A marca Wyda, líder no mercado de embalagens, fez estreia enquanto anunciante com esse ad mega tradicional para a publicidade brasileira. Saiba mais.

💘 Deu match. O Tinder continua lançando novos vídeos para sua campanha, convidando atores de comédias românticas e recriando cenas para mostrar que elas acontecem na vida real — e no app. Esse é meu favorito, aqui tem os demais.

🌲 Xmas is cominggg! Starbucks lança animação super fofa com uma pausa para os caos das festas de fim de ano. Aposto que você se identificou.

🥡 Something Old: Pensar fora da caixinha. Essas marcas usaram de ideias simples, mas geniais em suas embalagens para se diferenciar da concorrência.

TRENDING TOPICS OF THE WEEK
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. Seleções de futebol (Venezuelana, Brasileira) 🥅

  2. UFC (Mike Tyson e Jake Paul) 🥊

  3. Clube de futebol (Athletico Paranaense, Atlético Mineiro) ⚽️

  4. Garena Free Fire 🎮

  5. Bitcoin (Criptomoeda) 🪙

Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

💡Quantas boas ideias nunca chegam a ver a luz do dia? Veja o que Washington Olivetto diz ser sua melhor ideia que acabou nunca saindo do papel. Quem sabe não te inspira.

🥄 Por que uma marca de pneu avalia restaurantes? Entenda a história da mega sacada de marketing da Michelin ao criar o famoso Guia Michelin.

👩‍❤️‍💋‍👩 Match perfeito: Mondepars e Nude. Para a inauguração da primeira loja física da Mondepars, a Nude desenvolveu uma receita exclusiva de um soft sorvete vegano. Mas onde essas duas marcas de nichos diferentes se encontram? Veja aqui.

RESPOSTA DA CHARADA

D. Serviço financeiro

A Up, a marca financeira mais cool da Austrália, quer transformar a experiência bancária para as novas gerações, tornando o cuidado e a administração do seu dinheiro algo mais divertido — especialmente em uma era em que muitas pessoas têm medo de olhar para a própria conta bancária. A ideia é quase “enganar” o cliente para que ele se envolva com as próprias finanças de forma tão leve e atrativa que ele nem percebe que está fazendo isso. Check out: Insta | site.

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