14/04/2025

Digitalização da fé, cliques não geram vendas, a indústria da música e what's cool right now.

a fé agora também é digital?

bom dia. o pertencimento virou algoritmo. o desejo por ordem virou rotina. e, às vezes, o consumo de um produto é só a forma visível de um desejo invisível — foco, paz, clareza, reconexão. marcas que entendem esse subtexto deixam de interromper a jornada e passam a fazer parte dela.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

COMPORTAMENTAL

Existe espaço entre o feed e a fé?

Entre orações às 4h da manhã, influencers compartilhando suas igrejas e cafés com Deus Pai, nasce um novo fenômeno: a digitalização da fé.

Tradicionalmente reservada à introspecção e ao silêncio, a Quaresma foi parar no palco mais barulhento do mundo: o digital. Esse ano, o volume de buscas sobre o termo bateu recorde — e o TikTok virou confessionário de relatos pessoais. Jejum, propósito, devoções e figuras religiosas influentes: a penitência virou pauta de conteúdo.

Isso não significa que a Quaresma tenha perdido seu caráter espiritual — mas sim que ela passou a ser também um momento de exposição. O que antes era íntimo, agora circula em público. E isso tem menos a ver com vaidade, e mais com pertencimento:

  • Há uma busca real por pertencer a um propósito.

  • Existe uma procura e pressão interna por autocontrole em tempos de excesso.

  • E com tanta adesão, há um deslocamento de rotina que impacta também o consumo.

Tem quem aproveite o período pra focar, se reconectar, reduzir estímulos. Quem organize o tempo, o celular, a vida. E quem encontre ali uma nova forma de comunidade. Como é que sua marca pode contribuir ou entregar valor nessas transformações?

Além disso: se os devotos estão acordando antes das 5h pra orar e se conectar, será que a madrugada virou o novo prime time espiritual? E se sim, o que isso revela sobre hábitos, jornadas e intenções?

A Quaresma tem se tornado uma grande janela de observação, na qual o algoritmo é cúmplice e o tempo de espera e sacrifício vira jornada compartilhada. Um momento que revela desejos profundos, rotinas emergentes e movimentos que parecem religiosos — mas dizem muito sobre cultura e consumo.

O que estamos deixando de entender quando não olhamos pra fé como um comportamento — e não só como um tema?

Essa matéria foi inspirada por esse conteúdo da @Carolina Amorim

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COFFEE TALK

Cliques não geram vendas

Não precisa de uma marca forte pra ganhar cliques. Mas pra converter? Aí faz toda a diferença.

Pode parecer engraçado ter que dizer isso em 2025, mas sim — ainda precisamos lembrar que clique não é venda. Em tempos de redes sociais, onde todo mundo tem opinião, e onde 1 em cada 3 crianças do mundo preferem ser, quando crescer, (pasmem) influenciadores digitais em vez de astronautas, o óbvio precisa ser dito.

  • Vocês lembram do caso da influenciadora com milhões de seguidores que tentou vender algumas dúzias de camisetas e falhou?

Pois é, ela era autêntica. Tinha alcance, mas não tinha conexão…

E aí entra o ponto: ainda existe uma parte da indústria — fornecedores, agências, criadores e até o cliente — que não foca no que realmente importa: converter.

Você trabalha para gerar cliques ou vendas?

Além de ser conceitualmente óbvio, já há estudos que empiricamente comprovam que marcas, por exemplo no e-commerce, com maior awareness convertem — com o mesmo investimento — praticamente 2x mais que marcas desconhecidas.

Ah, mas é e-commerce, redes sociais é diferente! #SQN.

Até na rede social das dancinhas, o padrão se repete: marcas com awareness alto convertem 2.86x mais.

E aqui vem o dado que fecha a conta: CTR (taxa de cliques) e Brand Awareness não têm qualquer correlação estatística (R² = 0.0002). Já Brand Awareness e Taxa de Conversão (CVR) são altamente correlacionados (R² = 0.6791): em outras palavras, sim, marcas fortes aumentam significativamente as chances de conversão. (Veja no graficos abaixo 👇🏻).

O fato é: mirar em cliques, ativações ou qualquer campanha com foco exclusivo em cliques não garante ROI. Cliques podem até fazer parte da jornada, mas o objetivo precisa ser conversão incremental — vender para quem ainda não estava prestes a comprar. E o caminho mais sustentável, no longo prazo, é a construção de marca.

Marca forte é vantagem competitiva

O melhor dia pra começar a construir a sua marca (inclusive a pessoal) foi há 10 anos. O segundo melhor… é agora!

“Ahhhh tá, mas como fazer isso? Como a mídia ajuda a vender e construir marcas?”

Bom, isto a gente deixa para uma próxima coluna ;)

Essa análise foi feita por Jefferson Rodrigo da Silva, executivo em dados e estratégia com mais de 20 anos de experiência transformando grandes marcas por meio de decisões orientadas por insights.

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FUN OF THE WEEK

A história da indústria musical

O consumo e receita gerada pela indústria da música evoluiu conforme as tecnologias foram evoluindo. Saímos do cartucho, passamos pelo vinil, fita cassete, CD, DVD e chegamos ao streaming — loucura né? Aqui vão alguns highlights do que já vivemos:

🎶 O vinil mais vendido de todos os tempos é Thriller, de Michael Jackson, de 1982. 
💿 Nos anos 2000, os camelôs viraram os maiores divulgadores de música no Brasil, vendendo CDs piratas com shows ao vivo e hits antes do lançamento oficial, devido a vazamentos.
🎧 O primeiro single vendido digitalmente no iTunes foi Let’s Get It Started, do Black Eyed Peas, em 2004. Era o início do fim da mídia física.

Dica dada, agora é sua vez. Os gráficos ao lado mostram a receita da indústria musical americana gerada com cada formato por ano, dentre eles: CD's, Vinil, Fita Cassete, Streaming, Download… e por aí vai. Use a lógica e tente adivinhar o formato representado pela cor preta:
a) CD
b) Vinil
c) Fita cassete

(Continue rolando para descobrir a resposta)

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TO KEEP YOU INTERESTING

😎 Cool Corner 😎

BRAND: Heineken. Lançando iniciativas que vão além da cerveja, a marca vem cada vez mais se tornando um jeito de viver. Nas últimas semanas, lançou um app de relacionamento com bares 🍻, um bar conceito e até um creme hidratante. 🧴

PLACE: Dinner da SKIMS. A marca transformou o clássico Mel’s Drive-In em um pop-up temático 🍔 com cardápio exclusivo, playlist própria 🎶 e decoração personalizada.

CITY: Palm Springs. O QG do hype em abril: a cidade ferveu com o Coachella — e, com ele, vieram ativações de marca de todos os lados: de Heineken a Pinterest, Rhode x 818, American Express, entre muitas outras. 🌴✨

CREATOR: Laura Dubugras. Brasileira em NY, formada em Ciência da Computação por Stanford 💻 e casada com o cofundador da fintech Brex. Nos seus conteúdos mistura tech, lifestyle e negócios com autenticidade — e muito bom gosto.

PRODUCT: Oura Ring. Mais que um wearable, a Oura virou símbolo de uma nova geração de marcas: silenciosas, funcionais e obcecadas por dados 📊. Seu anel inteligente traduz saúde e performance em tempo real.

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BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🍔 BK usa tabela periódica. Por meio dessa campanha que envolveu bastante mídia física, o BK usou componentes químicos para afirmar a inferioridade da concorrência.

💡 Pra todo problema tem uma solução. A Ikea mostra isso ao comunicar sua linha de produtos mais acessíveis para casa, que têm o poder de “esconder” aqueles estragos comuns.

👵🏻 Old to work. Fazendo uma analogia à frase famosa do LinkedIn (open to work), a Boticário criou essa iniciativa na rede que visa gerar discussões sobre o etarismo entre as mulheres.

⌚ Acordou disposto? A culpa é da Samsung. É isso que a marca afirma na sua nova campanha da sua plataforma de monitoramento completo de saúde, o Samsung Health.

📽️ Novo ator brasileiro em The Last of Us. A Nubank e o streaming Max se uniram ao fã assumido da série, o ator Antônio Fagundes, para criar esse curta divertidíssimo.

🐣 iFood e Lacta deram um upgrade na caça aos ovos: agora, basta escanear um QR Code no Parque Villa-Lobos pra entrar num mundo em Realidade Aumentada, encontrar o coelhinho e desbloquear descontos direto no app.

🥇 Old but gold. Essa campanha da Levi's continua tão divertida quanto quando era veiculada em revistas.

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TRENDING TOPICS OF THE YEAR
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. UEFA (campeonato de futebol) ⚽

  2. Time de futebol (Arsenal, Vitória…) 🏟️

  3. Ovo de Páscoa 🍫

  4. Big Brother Brasil (reality show) 📺

  5. Pesquisa de opinião 📊

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Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

👕 A Gola Polo foi inventada sem o intuito original que você imagina, and this is how.

🌀 Essas aqui foram as campanhas mais eficazes do mundo — literalmente.

🍔 Já imaginou comer um hambúrguer enquanto voa? O Shake Shack acaba de tornar isso possível.

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REPOSTA DO FUN OF THE WEEK

B - Vinil. Clique aqui para conferir mais do gráfico completo (que é super cool).

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Sua marca merece mais que atenção.

Ela merece contexto, conexão e conversa boa. A waffle cria conteúdo que vira assunto — e conecta marcas a pessoas que não só prestam atenção, mas compartilham, comentam e levam adiante.

📲 Escaneie o QR Code ou clique aqui e descubra como a gente pode criar para a sua marca.

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