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12/05/2025
Atleta universitário virou mídia, bolsa cara deixou de ser luxo, Dia das Mães e hot corner.

o produto é você
bom dia. o marketing sempre foi sobre vender histórias. a diferença é que, hoje, você não é só o protagonista — virou parte do estoque. a linha entre quem anuncia e quem é anunciado nunca foi tão tênue. quem entende isso primeiro, aprende a jogar com as próprias cartas: transforma atenção em valor, presença em relevância, e narrativa em ativo.
uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭
LESSON OF THE WEEK
Você sabe o que é N.I.L?
Não, não é o novo perfume da Balenciaga, nem um projeto secreto do TikTok.
📚 É a sigla para Name, Image and Likeness — ou, em bom português, nome, imagem e aparência.
Desde 2021, estudantes universitários dos Estados Unidos passaram a ter o direito de lucrar com suas próprias marcas pessoais. Até então, a NCAA — que rege os esportes universitários no país — proibia qualquer tipo de remuneração aos atletas.
Mas a regra caiu, e o resultado foi imediato: marcas como McDonald’s, Pepsi, Amazon e Gatorade já investiram mais de US$ 1 bilhão em parcerias com esses jovens. E o número só cresce: as projeções indicam que os contratos NIL vão gerar US$ 2,5 bi por ano até 2026.
O novo jogo das agências
Essa nova fase abriu espaço até para a criação de agências especializadas em transformar qualquer atleta (mesmo o reserva do time de natação) em influenciador.
A Article 41, por exemplo, começou dentro da Universidade da Carolina do Norte e já ajudou mais de 70 atletas a fechar parcerias com Uber, Athleta e Papa John’s — com cachês que chegam a US$ 15 mil por post.

E o movimento cresceu tanto que virou estratégia institucional. A UNC agora apoia abertamente que seus 850 atletas aprendam a monetizar suas redes. Porque quanto mais visibilidade, mais talento quer jogar lá.
E isso chegou… ao ensino médio
Com 40 estados 🇺🇸 permitindo NIL também em colégios, o impacto desceu alguns degraus. Agora, escolas estão usando o marketing de seus alunos como ferramenta de atração.
A lógica é simples (e talvez meio Black Mirror): quanto maior o potencial comercial de um atleta, mais desejado ele é.
Tem aluno de 15 anos recusando contrato de 1 milhão porque prefere continuar com os amigos na escola atual. E tem atleta do middle school já fechando contrato com marca de tênis.
Os dois lados da moeda
Oportunidades, sim. Mas também riscos.
👍🏻 Abre portas (e bolsos) para atletas que, antes, jamais teriam essa chance. 👍🏻 Ensina na prática: marketing pessoal, negociação e educação financeira. 👍🏻 Dá visibilidade a esportes que vivem fora dos holofotes. | 👎🏻 Pressão extra em jovens que ainda nem sabem quem são. 👎🏻 Transferências em massa para escolas com mais visibilidade. 👎🏻 Mau uso da imagem e contratos abusivos com agentes não regulados. |
🔎 Zooming out: o que isso tem a ver com o marketing?
Tudo. Quando adolescentes viram mídia, o marketing deixa de ser sobre consumo — e passa a influenciar como trajetórias são moldadas.
Hoje, marcas não patrocinam só atletas: elas interferem em escolhas de escola, estilo de vida, até no tipo de futuro que parece possível.
É fácil cair na narrativa do "Black Mirror", mas tem algo real e promissor aqui também.
Se feito com responsabilidade, o marketing pode ser ferramenta de acesso, educação e autonomia — não só de exposição.
🗯️ Será que a próxima moeda vai ser a atenção? Ou já é? Porque se tudo que importa é quem engaja, talvez o marketing não esteja só vendendo — esteja reescrevendo as regras de valor.
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COMPORTAMENTAL
As marcas de luxo concordam com o João Victor. E você?

Se você frequenta o café da Tiffany, a floricultura de Prada, o clube do livro da Miu Miu e as academias da Alo Yoga… talvez você seja simplesmente mais… exclusivo?
👉🏻 O João Victor acertou em cheio: é essa a lógica que explica o por que as marcas de luxo têm investido tanto em experiências. Hoje, possuir um item de luxo é relativamente fácil — difícil mesmo é bancar o lifestyle completo.
Até porque, você pode se identificar com a Luisa ou a Emmanuela:


Se o core business dos negócios de luxo é gerar pertencimento a um grupo ou status, eles precisam sempre se manter exclusivos e bem delimitados. Mas como fazer isso diante da:
massificação dos itens de luxo, hiperexposição das redes e a epidemia dos dupes?
A resposta está em investir no cotidiano — o famoso quiet luxury. 🌟 Essas marcas não mais querem focar em bailes de gala ou eventos marcantes, mas sim, na simplicidade da sua rotina.
Onde você malha? Qual a sua rotina de skin care? Em qual mercado você faz compras? Quais são seus hobbies? O que você faz com seus amigos? É nesse spot📍”effortless” que elas estão interessadas.
Até porque, sua bolsa nova da LV pode ter sido comprada na Shoppee. Mas se você se hospedou no hotel da marca, jantou no restaurante deles, e ainda postou tudo isso, aí sim — nós acreditamos que sua bolsa é original.
Mas antes que você gaste energia tentando legitimar seu status ou provar que “merece” seu item de luxo, não se esqueça da opinião da Hera:

Se quiser se aprofundar no conteúdo e na discussão, clique aqui.
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3 THINGS IN
Dia das mães

COMO A DATA COMEÇOU? O Dia das Mães foi criado por Anna Jarvis em 1914, em homenagem à mãe ativista que cuidava de soldados na guerra. A ideia era celebrar o afeto — não vender flores. Quando a data virou febre comercial, Anna se revoltou e passou o resto da vida tentando cancelar o que ela mesma criou. Veja aqui.
CAMPANHAS EM DESTAQUE: iFood falou com você que já chegou em casa e esqueceu de avisar sua mãe. O Boticário se superou mais uma vez ao falar com as “tentantes”. O BK deu batata grátis para as grávidas. E o Meli emocionou com mães que criam seus filhos longe da própria mãe.
A DATA MOVIMENTA 💰 (E MUITO): R$ 14,37 bi devem girar no varejo — já é a 3ª data mais lucrativa do Brasil, atrás só do Natal e da Black Friday. Este ano, 69% vão presentear — com foco em roupas, perfumes e acessórios. O gasto médio é de R$ 250. Mas em 2025, presentear não basta: para 45% dos brasileiros, estar junto é o verdadeiro presente.
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TO KEEP YOU INTERESTING
🔥 Hot corner 🔥
📉 Stats of the day: R$ 47,5 milhões. Foi isso que a Globo faturou com o show da Lady Gaga em Copacabana — vendendo 8 cotas de patrocínio a R$ 9,5 mi cada. Porque quem tem visão transforma ocasião em faturamento.
📚 Worth a Read: Esse livro é pra você que quer falar com a Gen Z. O psicólogo David Yeager foi fundo na ciência pra responder a pergunta que todo estrategista já se fez: o que realmente motiva quem tem entre 10 e 25 anos? Já adianto: não é TikTok nem trend.
🤔 Did You Know? No dia 06/06, o the news organiza um evento com uma programação de peso — e entre os nomes confirmados está João Branco, ex-diretor de marketing do McDonald’s Brasil por quase uma década. Sim, o cara por trás de algumas das campanhas mais memoráveis dos últimos tempos.
📊 Flash poll:
29.38% de vocês votaram ‘Instagram’ no poll da semana passada: Qual canal você acha mais confiável quando uma marca se comunica com você? Campanhas em TV e E-mail ficaram logo atrás.
“Eu marquei o Insta, mas, na verdade, se a marca se comunica por qualquer canal oficial, eu já acho confiável. De todas as alternativas, a menos confiável ainda são as IAs, tanto é que elas mesmas pedem para conferir a informação.”
“Internet me gera sensação de desconfiança, terra de ninguém.”
Na última semana, a briga entre adolescentes virou o assunto mais comentado da internet. Mas e se a gente olhasse isso como marketing? O que mais fez essa “campanha” viralizar tanto? |
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Me conte mais sobre sua opinião — ela é anônima, e compartilharemos os resultados na próxima semana.
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BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque
🛒 Ifood é tudo pra mim. É essa a tagline que a marca quer reforçar ao se posicionar como um marketing place, com um motorista e um estrangeiro.
🍫 BIStraído, BISsimulado e BISagradável. A Bis gostou mesmo dessa coisa de naming rights hein? Essa campanha super divertida brinca com diversos trocadilhos envolvendo o próprio nome.
💐 Um perfume gigante na avenida. É assim que a Natura lançou uma nova fragrância com essa ação em OOH.
💜 Barney is back! Essa marca de comida infantil lançou uma coleção com o Barney para se conectar com os pais millennials. Apesar dos bebês não terem o personagem como parte da infância deles, os pais — e quem de fato compra o produto — sim.
👶 Heinz veste os babies para o Dia das Mães. A campanha traz fotos reais de bebês vestidos nas cores da marca — enviadas por mães consumidoras.
🍎 A Apple lançou Last Scene, curta-metragem gravado inteiramente com iPhone 16 Pro, dirigido por Hirokazu Kore-eda, sobre memória e futuro.
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TRENDING TOPICS OF THE YEAR
Marcas precisam seguir a cultura 🔥
Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):
CONMEBOL Libertadores (torneio de futebol) ⚽
YouTube ▶️
Papa 👑
Dia das Mães 💐
Mirassol Futebol Clube 🟡⚫
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IT'S FOFOCA TIME
Você é # qual team?
Essa semana uma treta teen tomou proporções inacreditáveis — e essa aqui é uma curadoria do que achamos interessante sobre o tema.
A Haoma soltou essa publi com uma influencer envolvida usando um título um tanto quanto sugestivo…
Esse aqui foi o saldo de seguidores: +1.7 para Liz, e +4.7 para Antonella.
E essa é uma reflexão sobre a exposição de crianças e adolescentes que vale a pena escutar.
🧠 Toda essa repercussão faz a gente pensar: polêmica ainda é um atalho para crescer? Ou melhor — até onde as marcas podem (ou devem) se aproveitar desse tipo de atenção? Queremos saber o que você acha: deixa sua opinião aqui.
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Before 👋🏻 coisas que você precisa saber
⛪ Habemus Papam… e habemus publicidade também! Essas foram algumas marcas que surfaram na narrativa histórica da escolha do Papa e essa aqui é uma análise semiótica do marco.
📺 Redesign na área. Daqui a pouco você vai abrir a Netflix na TV e ela vai estar bem mais parecida com o Tiktok e o ChatGPT do que você imagina…
🚿 Um anúncio que limpa o chão. Essa técnica publicitária de OOH é nova — e infalível. Saca só.
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Qual foi sua coluna preferida? |
O que você achou da edição de hoje?Depois conta pra gente o motivo |
até segunda-feira que vem, byeeeeee! 👋🏻

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