
qual é o seu valor?
bom dia. marcas sempre souberam vender seu valor — era só olhar o market evaluation. agora, na IP economy, a pergunta muda: será que todos nós vamos ter um valor próprio? talvez não seja mais sobre o que você faz, mas sobre o universo que constrói e que pode viver muito além de você.
uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭
POLL OF THE WEEK
👓 Os smartglasses chegaram com tudo — e Mark Zuckerberg (Meta) e Tim Cook (Apple) têm visões diferentes sobre eles.
Qual time você é?
Conte o porquê e, na semana que vem, vamos compartilhar a resposta e os melhores comentários!
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RESUMO DA SEMANA
Hot takes pelo 🌎
💬 Talvez você deva passar menos tempo no ChatGPT… ass por: ChatGPT. Assim como outras redes sociais já fizeram, o Chat agora te avisa quando você passa muito tempo no chatbox. "Muitas vezes, menos tempo no produto é um sinal de que ele funcionou.” — diz a OpenAI. Mas, ao mesmo tempo, com a chegada do ChatGPT‑5, a relação com a IA ficou ainda mais sofisticada. Agora você pode integrar Gmail e Google Calendar — e o modelo te ajuda a priorizar e responder e-mails, agendar reuniões e até pomar o seu dia.
🗞️ Ainda há espaço para jornal impresso? A New York Post acha que sim — e vai lançar o The California Post em 2026. Sede em LA, impressão diária, 7 dias por semana e conteúdo multiplataforma. O momento é estratégico: LA Times em crise, Califórnia como 2ª maior base de leitores e um ano com eleições e Copa do Mundo. Movimento que responde a um novo cenário de audiência, mídia e influência. No BR, a marca NV seguiu a mesma aposta e lança uma revista.
💄 Da cozinha pro skincare — Martha Stewart acaba de lançar sua nova marca de cuidados com a pele. E não é pra Gen Z. É pro seu público — e é por isso que ela vai se destacar. Seu alvo? Mulheres 55+, com renda alta, que a seguem há 30 anos e confiam no seu gosto. Foram 5 anos de desenvolvimento, 350 dermatologistas consultados, incontáveis testes… e só 2 produtos no lançamento: um sérum de US$ 135 e um suplemento de US$ 50. Disciplina rara no mercado. Enquanto todo mundo briga pela atenção de jovens no TikTok, Martha mira o mercado de luxo de skincare para mulheres 50+ — um segmento de US$ 18 bilhões e em crescimento.
🥤PepsiCo entra no jogo dos refrigerantes “better-for-you”. A marca lança sua primeira Pepsi Prebiotic Cola — 3 g de fibra prebiótica, 30 calorias, sem adoçantes artificiais — nas versões Cola e Cherry Vanilla. O produto chega online ainda este ano e às prateleiras em 2026, poucos meses após a compra da Poppi por quase US$ 2 bi. O movimento responde ao declínio no consumo de cola tradicional, forçando gigantes a reposicionar ícones com atributos funcionais para reconquistar relevância, especialmente entre jovens preocupados com saúde.
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BIG STORY
O quarto sujo que te mostra o futuro da televisão

Tudo começou com uma câmera, três pessoas na equipe e um roteiro simples: uma mulher entrando em quartos masculinos e revelando a bagunça real por trás deles.
O programa, batizado de Boy Room, conquistou a internet. Viralizou, acumulou meio bilhão de views — mas, até então, era só uma criadora se divertindo no TikTok com um conteúdo que o público adorava assistir.
🔓 Foi aí que veio a virada. Na segunda temporada, além de mostrar o desastre, o programa começou a sugerir soluções — dicas para transformar o boy room num espaço minimamente habitável. Na linha daqueles programas de reforma da TV, como Irmãos à Obra.
A Amazon entrou no roteiro como “madrinha” do quarto bagunçado. O caos continuava divertido, mas agora também oferecia caminhos para mudança — e todas as soluções podiam ser compradas com um clique, veja só aqui. Resultado: um case perfeito de como marcas podem se inserir organicamente em um formato amado e transformar audiência em vendas.

Mas Boy Room é só um sintoma de um movimento maior
Estamos entrando na era em que a TV não vive só na televisão. Ela está em todas as telas — do celular ao iPad, do laptop à smart TV — em formatos que você maratona onde estiver, criados por creators e estúdios que entendem a chave do jogo: possuir o IP, não só a atenção.
A attention economy está evoluindo para a IP economy. Aqui, o valor não está só em prender atenção, mas em criar propriedades intelectuais multifacetadas — histórias, personagens e universos que podem viver em múltiplos canais (TikTok, YouTube, streaming, eventos, produtos físicos…) e formatos (shorts, long-form, documentários, podcasts). Ativos independentes de plataforma que podem ser licenciados, escalados e monetizados por anos.
Não é à toa que vemos movimentos como:
Moonshots, da Portal A, investindo em criadores para desenvolver formatos originais.
Dharmann Studios, com mais de 20 bilhões de views em mini-dramas sobre dilemas morais e audiência diária fiel.
Fallen Media, transformando virais do TikTok em franquias com narrativas recorrentes e apresentadores fixos.
E o próprio Boy Room, via estúdio Gymnasium, que transforma hits virais em propriedades que marcas querem financiar e expandir.
KEY TAKEAWAY:
Se a sua marca quer relevância duradoura: vá além de patrocinar vídeos de sucesso. Co-crie formatos com potencial de virar franquia, entre cedo no desenvolvimento e se enxergue como um estúdio — não só como anunciante.
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TREND TO WATCH
Leia com a entonação do áudio

“And right now, you can save 50 pounds, per person…” 🎶. Não pegou a referência? É, você claramente não tem TikTok. Nos últimos meses, um trecho de um comercial de TV da companhia aérea britânica Jet2 simplesmente explodiu sem a menor pretensão. No vídeo original, um narrador com sotaque britânico diz “Nothing beats a Jet2 holiday” ao som de uma música pop de 2015.
O que era só mais um anúncio virou combustível para que usuários mostrassem justamente o contrário da promessa da marca: aqueles perrengues de viagem que marcam a memória (nem sempre de forma positiva). Por exemplo:
🛌🏻 Quartos de hotel bem diferentes das fotos…
🌊 Acidentes na água: com boias, pranchas e até na pesca
🇺🇸 E até esse polêmico aqui, que a própria Casa Branca publicou
🧳 O acumulado? 2,2 MM de vídeos publicados e 87.000 menções. A graça está no contraste entre o ad da marca e caos compartilhados em viagens. Uma inversão que gerou uma piada interna global ao gerar identificação — todo mundo já viveu ou viu uma cena dessas.
✈️ A marca? Percebendo o hype, lançou o #Jet2Challenge no TikTok, oferecendo prêmios para quem usasse o áudio. Só que tinha um detalhe: a maioria das pessoas que surfaram na trend era dos EUA… e descobriram que a companhia só opera em 13 bases no UK.
🛍️ Os consumidores? Principalmente estadunidenses, resolveram buscar sobre quem era a Jet2, e tiveram a infelicidade em descobrir que ela só opera em 13 bases do UK.
📈 O resultado? Um pico de buscas pela Jet2 nos EUA, sem possibilidade de compra imediata. Um cenário de “quero, mas não posso” — perfeito para gerar escassez e desejo. Ah, e um transporte de cerca de 11% mais passageiros e +15% de receita nos últimos 12 meses.

🔪 Loucura né? Muita demanda, mas pouca oferta. Um viral pode ser uma faca de dois gumes. Ele expõe suas limitações, mas também cria valor percebido pelo simples fato de não estar ao alcance de todos. Quando a marca é boa o suficiente para fazer o público procurar, mas rara o bastante para não estar disponível em qualquer lugar, nasce o tipo mais poderoso de desejo: o que vem da escassez.
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BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque
🗻Chega de “mãe natureza”. A Columbia Sportwear quer deixar claro que na realidade, a natureza não é pacífica, mas sim, agressiva — e suas peças são desenvolvidas para todas essas circunstâncias. Demais.
👪 Uber agora vai deixar pais mais tranquilos. Com essa nova funcionalidade que avisa quando o adolecente chega ao destino e contas “teenagers” próprias. As campanhas que anunciam esse lançamento ficaram fofas demais.
💎 Collab inesperada. Swarovski lança coleção de miniaturas de cristal dos personagens do jogo Minecraft. Pra quem já jogou, tem Steve, Creeper, o Porco e outros…
🍌 Farm lança nova marca, a Farmetc. Esse novo CNPJ vai vender tudo aquilo que não cabe num cabide, mas segue a identidade e lifestyle carioca da marca: desde itens de decoração, esportes e tech. E a campanha de lançamento é tão aleatória quanto: mistura Jesuíta Barbosa, Narcisa, Marcelo D2 e muuuuito mais.... todos eles... pelados.
💸 Como anunciar uma holding de investimentos? Assim. Simples, eficiente e memorável.
👐🏻 Ninguém me entende aqui em Xique-Xique Bahia. Pegou a referência? Foi essa que a Netflix usou pra colocar esse outdoor da Wandinha em… XiqueXique, na Bahia haha.
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TRENDING NOW
UMA COLLAB
Quando uma marca de telefone se junta à rainha das joias — “fashionably smart” acaba de ganhar a whole new meaning.
UM PODCAST
Será que toda marca vai ter que ser mídia? Esse episódio discute como produtos e serviços estão virando seus próprios canais.
UMA APP
Você é do time que ama um casamento e quer ser chamado para um? Esse app permite que você compre seu convite.
UM TOOL
Reunião em outra língua? Agora ficou quase fácil demais. Esse tool agora traduz simultaneamente o que a pessoa fala em outro idioma, na hora.
UMA PUBLI
Diário pós detox de rolas — sim, é isso mesmo. O quadro que transformou o celibato dessa influenciadora em hit nas redes.
UM LIVRO
Já parou pra pensar por que algumas coisas viralizam e outras não? Esse livro revela os 6 ingredientes essenciais.
ANOTA ESSA
Às vezes, o futuro de uma ideia disruptiva, para o seu produto ou empresa, está nos detalhes que já vimos em filmes/séries antigas. Então, da próxima vez que for atrás de algo inovador, não comece na palestra do Silicon Valley — comece revisitando o que a ficção propôs anos atrás.
Lembra desse seriado em que o personagem nerd usava um smart glass como assistente pessoal? É o tipo de referência que provavelmente inspirou o que Mark Zuckerberg chamou de “óculos que substitui o celular”. Veja aqui.
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até segunda-feira que vem, byeeeeee! 👋🏻

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