09/09/2024

X sai do Brasil, US Open, Carol Buzetto e CMO's Vs Creatores

vai ficar parado ou vai mudar?

bom dia. tudo na vida é passageiro. o que hoje é falado e está em alta, amanhã pode ser esquecido. o segredo está em se adaptar rápido e antecipar o próximo passo.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

LESSON OF THE WEEK
Sem o X no Brasil: o que muda na publicidade?

Era a época (risos) em que o X (antigo Twitter) era quase uma praça pública digital. Comentários ao vivo sobre o BBB, sua série favorita, seu acervo de memes e seu lugar para acompanhar notícias fresquinha. Mas agora, depois de 9 dias sem o X no Brasil, já começamos a perceber os impactos da sua ausência, especialmente no mercado publicitário.

A primeira grande perda? O social listening. O X era uma verdadeira mina de ouro para marcas e agências que queriam monitorar as conversas, entender o que estava quente 🔥 no momento e pautar suas estratégias em outras redes. Ferramentas de monitoramento, como Stilingue, usavam dados dessa plataforma.

Além disso, o X era um termômetro cultural. Se algo viralizava, você podia contar que, em poucos minutos, o assunto estaria lá. Era um ótima oportunidade para marcas surfarem em conversas instantâneas e espontâneas, promovendo grande engajamento.

O reflexo imediato disso? Redirecionamento de investimentos publicitários. Campanhas inteiras foram revisitadas (imagina só as marcas prontas para o Rock in Rio no X 🎸). Agora, muitas estão migrando para o Instagram Stories, enquanto outras exploram alternativas como Threads e Bluesky. Mas, construir uma audiência orgânica leva tempo ⏳ e exige consistência —algo que não acontece da noite para o dia.

E por falar em alternativas, o Bluesky já viu sua base de usuários crescer 1,93 milhões no Brasil, com muita gente buscando essa plataforma como refúgio. O Threads, que inicialmente começou tímido, também ganhou tração, mas o que será dessas redes a longo prazo? Ainda é cedo para dizer.

Mas tudo isso releva a dependência que temos em plataformas digitais. O X saiu de cena no Brasil, o TikTok já quase foi banido nos EUA, e outras redes sociais enfrentam desafios globais.

Isso nos faz pensar: o mercado publicitário precisa repensar sua dependência dessas redes. Criadores, influenciadores e marcas veem seus seguidores e rendas desaparecerem de uma hora para outra. A lição? Diversificar canais e fortalecer o relacionamento direto com as audiências é essencial para se adaptar ao futuro das redes sociais.

TREND TO WATCH
US open: mais marca e pouco jogo

Ano após ano, o US Open se destaca como um dos eventos esportivos mais assistidos do 🌎. Eles entregam tudo o que um evento de 1ª classe deve ter — dentro e fora das quadras. Este ano, o torneio promete ser o mais lucrativo da história, com uma premiação recorde de US$ 75 MM.

Mas será que tudo isso é só sobre tênis?

O evento parece mais um parque de entretenimento esportivo, com 22 quadras e uma infinidade de restaurantes, bares e ativações de marcas, que oferecem coleções limitadas e colaborações exclusivas. As suítes e lounges são um show à parte, e traduzem o luxo das experiências únicas que o evento proporciona.

Essa combinação coloca as marcas parceiras no centro das atenções, gerando muita conversa e transformando o evento em um ponto de encontro de várias gerações.

Marcas em destaques

🦅 Grey Goose: Com seu coquetel signature Honey Deuce de $23, que faz parte de uma campanha 360 (social, influenciadores, OOH e ativações no evento). No ano passado, foram vendidos mais de 450 mil drinks, gerando US$ 10 milhões.

💳 American Express: Em parceria com a Van Leeuwen, criou um sabor de sorvete exclusivo e espalhou caminhões pop-up pela cidade. Seus lounges ofereceram diversas ativações, incluindo a chance de criar seu próprio merchandising da Ralph Lauren. Membros platinum tiveram ainda experiências gastronômicas com chefs renomados e puderam planejar suas férias dos sonhos.

🍺 Heineken: A cerveja oficial do US Open ofereceu sua suíte para parceiros e celebridades, lançou uma lata especial da sua cerveja 0.0 e fez parceria com o casal mais famoso do tênis: Taylor Fritz e Morgan Riddle, para promover o produto.

Emirates, IHG Hotels, Tiffany & Co. e outras grandes marcas (cerca de 25 no total) também marcaram presença em um dos maiores eventos do ano — confira mais ativações aqui.

No mundo dos influenciadores, podemos dizer que foram bem recompensados (risos). Paige Lorenze, Morgan Riddle e Ayan Broomfield, por exemplo, ganharam entre US$ 1 a 3 milhões em patrocínios de marcas este ano.

POR DENTRO DAS AGÊNCIAS
A dança incessante da comunicação

O mercado de comunicação e mídia está em constante transformação. Essa dinâmica exige que nós, profissionais da área, estejamos sempre em movimento, aprendendo, nos adaptando e buscando especializações para navegar por esse vasto mar de possibilidades.

A complexidade do cenário atual requer uma visão holística e integrada. Quero dizer, formar equipes e estruturas personalizadas é essencial para atender às necessidades específicas de cada cliente e marca. Integrar o conhecimento local, com suas tendências e inovações, é crucial para desenvolver estratégias eficazes.

Da mesma forma, a sinergia entre profissionais de mídia, especialistas em dados e plataformas, e os criativos, garante a construção de narrativas relevantes e memoráveis.

Nesse cenário, a especialização se torna um diferencial essencial. Dominar ferramentas e plataformas digitais, entender as especificidades de cada canal de comunicação e conhecer profundamente o público-alvo são áreas onde o aprofundamento se faz necessário.

Na WMS, acreditamos em construir soluções personalizadas. Para mim, a chave do sucesso está em unir o melhor dos dois mundos: aproveitar os recursos e a força da rede global da WPP, com suas tendências e inovações, e alinhar isso à competência local dos nossos times, que conhecem profundamente o mercado brasileiro e as necessidades dos nossos clientes.

O futuro da comunicação pertence a quem abraça a mudança, busca aprimoramento constante e se especializa. É essencial ter uma mente aberta para aprender, coragem para inovar e humildade para colaborar. Nesta dança incessante, o sucesso pertence a quem consegue se manter em movimento.

Sou a Carolina Buzetto, cofundadora e CEO da WPP Media Services (WMS), empresa pioneira criada pela WPP no Brasil, a maior empresa de comunicação do mundo.

 

LET'S TALK DIGITAL
Os CMOs tem um recado para os creators

Imagine que há 10 diretores de marketing sentados em uma mesa e que eles são questionados acerca de sua opinião sobre os resultados em marketing de influência.

  • 2 respondem que são positivos, 5 classificam como neutros e 3 consideram negativos.

É mais ou menos isso que essa pesquisa sobre influencers têm revelado: frustração com resultados por parte das marcas. Let's take a look around:

👍🏼 Tem valor? 81% consideram o marketing de influência muuito importante ou importante. O que buscam? buscam conhecimento e imagem de marca (73%), resultados de negócios (61%) e públicos diferentes (52%).

👎🏼 Vamos comparar? 42% acham que os resultados dessas ações são equivalentes aos de práticas tradicionais de marketing, e 39% veem os resultados como inferiores. E as expectativas? 38% relatam desempenho do influenciador abaixo do esperado. Como metrificar? 52% considera difícil medir os resultados dessas ações, e só 23% acha fácil.

O que os creators têm a dizer sobre isso

Entre as maiores dificuldades de alinhamento com marcas, estão os briefings fechados ou comerciais demais — que geram pouco engajamento da base. Muitas vezes, ainda, os resultados negativos se dão pela má curadoria — não dá pra associar marcas à influencers que não comuniquem seus atributos.

Mesmo assim, apenas 3% dos CMOs entrevistados consideram diminuir o volume investido para o próximo ano. Ou seja, os creators que souberem se conectar com as marcas certas, tiverem liberdade criativa e conseguirem entregar boas métricas, tem grandes chances, de continuar crescendo.

BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🌞 A vida é mais legal lá fora. Na sua última campanha, Fruittella lança um livro infantil que só pode ser lido ao ar livre, sob o sol, convidando as crianças a desligarem os dispositivos e aproveitarem o lado de fora.

🥤 NotCo expõe a concorrência. Usando IA, a foodtech reformulou sua linha "NotShake Protein" com 16g de proteína e menos carboidratos. A campanha destaca esse diferencial ao questionar a transparência nutricional de outras marcas de bebidas proteicas.

🍔 Concorrentes, sim, inimigos também. O Burger King lançou alguns ads estáticos que usam dos próprios nomes de sanduíches do McDonalds para indicar seu tamanho e sabor inferior. Parece confuso? Entenda aqui. Agora é só aguardar a resposta do Ronald…

🍫 Um break de verdade. Na nova campanha global “Break Better”, KitKat reforça sua assinatura “Have a break, have a KitKat”, destacando como uma pausa com o chocolate alivia o estresse e posiciona o produto como uma solução para momentos de alívio no dia a dia agitado.

🧻 Old but gold: Esse anúncio de uma marca de papel higiênico francesa é fun e eficiente. Retrata bem o impacto tecnológico que se inseria no cotidiano humano na sua época de lançamento, em 2013. É como sempre dizemos: bons anúncios não envelhecem.

JUST FOR FUN 🤪
Guess the aesthetic

Separamos algumas estéticas enumeradas abaixo de 1 a 4. Será que você consegue acertar o nome delas? Take a look:

1.

 

3.

2.

4.

Here's a tip: associando cada estética a uma marca fica mais fácil. Bora lá:

(Continue rolando para ver as respostas)

TRENDING TOPICS OF THE WEEK
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. Modalidades nos jogos paralímpicos (Tênis, levantamento de peso, tiro de arco…) 🏹

  2. Seleções de futebol (Equatoriana, Brasileira…) ⚽️

  3. Deolane Bezerra (advogada e influenciadora) 👮🏻

  4. Dia da Independência do Brasil 🇧🇷

  5. US Open 🎾

Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

📺 Virou moda criar sua própria plataforma de streaming? Só este ano, Chick-fil-a (sim, a marca fast food de frango), SBT e até o X (Twitter) anunciaram suas próprias. Em tempos de baixo engajamento e lealdade à marca, essa tem sido a aposta para fortalecer essas conexões.

🧳 Como a Rimowa se tornou um objetivo de desejo pelo mundo todo? Seguindo os passos de Chanel e Hermès, a marca se tornou tão desejada quanto essas gigantes do luxo. Talvez não exista uma receita do bolo para criar desejo, mas aqui estão algumas estratégias que seguiram.

👗 Mercado Livre troca TikTok por roupas. Isso mesmo, a empresa está apostando forte na moda e trouxe a Creator Shop para SP. Funciona assim: cada creator escolhe até 3 itens e vai até o caixa. Lá, eles têm 20 min para criar conteúdo para TikTok e Instagram, mostrando o look. Veja.

RESPOSTA DO TRIVIAL
  1. Corporate Hippie — Abraça a cultura 'Hippie' no ambiente corporativo, com estilos coloridos e estampas que lembram a Ben & Jerry's. Woodstock na Faria Lima, rs.

  2. Cassete Futurism — Durante o boom tech dos anos 80, surge essa estética com cores neutras e fontes robustas, como a da Casio, bem presente nos filmes de sci-fi da época.

  3. Fruitiger Aero — Combina ecologia e futurismo, refletindo a visão da virada do século de um futuro alinhado entre tecnologia e sustentabilidade. Lembrou da logo da Windows?

  4. Laser Grid — Ainda na pegada futurista, essa estética usa de grades de laser, referências da galáxia e cores vivas. Cool e disruptivo, assim como a MTV.

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