Cultura: quem cria?

bom dia. uma marca é uma entidade viva e é enriquecida ou prejudicada ao longo do tempo, ela é o produto de vários pequenos gestos. - Michael Eisner, (ex) CEO da Disney.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

LESSON OF THE WEEK
Publicitário tem bola de cristal?

Por natureza, o ser humano é obcecado pelo futuro. A diferença é que, com a rapidez absurda do digital, nossas previsões a longo prazo, como carros voadores, passaram a ser de curto prazo e de mudança constante, como a trend em alta, o aesthetic do momento ou o core mais compartilhado.

Essa ânsia pela previsão do próximo passo do mercado é muito comum entre os times de marketing, agências e creators. Todos estamos tentando acertar, mas a verdade é que apenas alguns sortudos vão conseguir prever a próxima temporada de episódios do mundo real.

🪄E é nessa tentativa que muita coisa pode dar errado. Veja esses ads que estampam as Twin Towers na década de 90:

Bizarro, né? Esse é o famoso envelheceu como leite: azedou. Parecem previsões ou avisos da tragédia que estava por vir.

Mas a verdade é que são apenas anúncios, que usam dos maiores ícones de progresso e futurismo existentes na época. Tanto o uso das torres, quanto a imagem dos aviões, eram tendências desse tempo.

Assim como não era possível para essas marcas prever o que provavelmente foi o atentado mais triste e marcante da história, não é tão simples para nós prevermos as apostas para um novo lançamento, por exemplo.

Já pensou que, a ideia de que precisamos prever o futuro, na verdade, pode estar nos limitando? Talvez a inovação esteja em simplesmente deixar de lado essa necessidade incessante de adivinhar o que vem depois e começar a investir no que precisamos entregar agora. Tudo isso com autenticidade e a visão de que podemos, sim, criar bons conteúdos independentemente de trends e cores passageiros.

Nos esquecemos que as apostas para o futuro são reflexões diretas do que está sendo criado no momento. Estamos constantemente criando novos padrões, redefinindo comportamentos e influenciando o que vem a seguir. A questão é: estamos cientes do impacto que temos? Ou estamos tão focados em seguir as tendências que esquecemos que, muitas vezes, somos nós que as criamos?

🔮 Tendências são momentâneas, mas bons anúncios são eternos. Pense nisso nas suas reuniões de brainstorm dessa semana.

COMPORTAMENTAL
Marcas são capazes de criar cultura?

Vamos dar uma olhada 👀 em algumas vezes que marcas tentaram fazer esse movimento:

Em 2006, a Sony lançou um ads impresso para promover o novo PlayStation branco, com o slogan “PlayStation Portable. White is coming. A ideia acabou sendo vista como uma tentativa de reforçar dinâmicas de poder racial, com uma figura branca dominando uma figura negra.

Em 2017, a Dove resolveu lançar uma edição limitada de frascos de sabonete líquido em formatos que representavam mulheres de vários tamanhos. A intenção até que era boa, mas foi criticada por deixar as mulheres ainda mais preocupadas com suas formas ao escolher qual frasco comprar. Este tema ainda não era tão discutido na época.

E ainda em 2017, a Pepsi lançou um comercial com Kendall Jenner em um protesto, onde ela oferece uma lata de refrigerante a um policial, que aceita e todos celebram. A tentativa de se posicionar como aliada da juventude e das mudanças sociais foi vista como superficial e desrespeitosa, especialmente em relação ao movimento Black Lives Matter.

Essas foram tentativas de marcas querendo criar movimentos culturais, mas que falharam. O que geralmente vemos funcionar é quando as marcas se alinham com o que já está acontecendo na cultura, oferecendo uma plataforma para expressões culturais no momento mais relevante.

Chamamos essas de lifestyle brands. Mas vamos combinar, muitas vezes essas “lifestyle brands” só focam em criar uma estética legal, e isso não é criar cultura. É criar o “style”, mas cadê o “life”?

Por outro lado, temos a Nike, que revolucionou como enxergamos o exercício físico. Tem também a Uber e Airbnb que mudaram para sempre o jeito de viajar, conseguindo moldar nossa cultura.

E aí fica a pergunta: será que as marcas não conseguem mesmo criar cultura?

O que parece é que marcas são capazes de construir uma comunidade forte de pessoas e influenciadores que compartilhem uma visão comum e causem um impacto real ao seu redor, criando então um movimento cultural em torno dos ideais da marca.

Talvez seja dessa forma que consigam criar cultura — através das pessoas e da maneira como a comunidade interage com a marca.

Mas deixamos aí para você refletir e compartilhar com a gente:

Marcas são capazes de criar cultura?

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A DOSE OF VISUAL
Global Village Coffeehouse

Entre as diversas estéticas que tem viralizado por aí, está o Global Village Coffeehouse, inspirada no conforto das cafeterias do final do século e muito inserida em produtos do setor de FMCG.

Se repetem: luas, sóis, espirais, mãos, olhos, estrelas, figuras fluidas/curvas de estilo simples, xícaras de café, elementos naturais como árvores e ondas. Os tons predominantes são terrosos, as fontes têm aparência de serem desenhadas a mão.

O maior exemplo de representação desse estilo está na antiga identidade visual do Starbucks na década de 90. Veja só essas fotos de antigas lojas da franquia. Conta aqui pra gente, sentiu o gostinho de nostalgia aí?

LET'S TALK DIGITAL
Redes sociais: ainda são sociais ou só mídia?

Se pararmos para pensar, a maioria de nós está nas redes sociais para se conectar 49,7% das pessoas dizem que a principal razão é manter contato com amigos e familiares.

E quando olhamos para o que realmente fazemos nelas, fica claro que boa parte das atividades gira em torno dessas interações por trás das telas.

Mas hoje, a evolução das redes sociais chegou a um ponto em que talvez nem possam mais ser chamadas de “sociais”. Elas que nasceram para aproximar pessoas, estão se tornando cada vez mais plataformas de entretenimento. Não é mais sobre ver as fotos dos amigos ou saber das novidades da família. É sobre ficar mais tempo na tela, ser impactado por mais anúncios, e consumir conteúdos curtos e envolventes de desconhecidos.

As redes sociais se transformaram em motores de descoberta de conteúdos altamente viciantes, movidos por IA. Em vez de nos conectar com pessoas que conhecemos, ficamos presos em um loop de vídeos curtos e tendências virais, perdendo o aspecto “social” e focando apenas na mídia. A conexão deu lugar ao consumo.

Com isso, o componente social está migrando para as mensagens diretas — Messenger, Discord, Slack, WhatsApp e iMessage — onde as verdadeiras comunidades estão sendo construídas hoje. Isso nos coloca diante de uma nova era: onde as redes sociais, como conhecemos, podem deixar de existir. Mas isso abre espaço para algo novo — uma busca por aplicativos que realmente ofereçam conexões sociais verdadeiras e um retorno às interações genuínas.

Passado: social networks —> Presente: social media —> Futuro: social connection

BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque
  • 🍟 Isso realmente já aconteceu em um Mc. A franquia fast-food mais famosa do mundo lançou 4 campanhas baseadas em histórias reais que já aconteceram em alguma unidade da franquia, indo desde aniversário infantil, até pedido de casamento. Aqui tem história, hein?

  • 🌟 Luísa Sonza é a nova embaixadora da SHEIN. A marca traz sua maior campanha no Brasil para promover a plataforma one-stop-trendy-shop, com live commerce e descontos de até 85%. No mesmo dia, lança uma coleção exclusiva de Luísa, unindo alfaiataria e streetwear.

  • ❤️ O app para deletar: É assim que o Hinge se posiciona, mostrando que realmente traz uma solução para o desejo de encontrar o amor. Na sua última campanha, celebram histórias reais de relacionamento, mostrando momentos em que perceberam estar apaixonadas.

  • E aí, vai de detox digital? Primeiro foi a Brahma, depois a Heineken, e agora a Mattel entra na onda com um “telefone burro” da Nokia. Sem redes sociais, o novo celular incentiva os jovens a desconectar e abraçar um estilo de vida mais simples.

  • Something old: Em tempos de fidelidade de marca em pauta, nada supera Carlos Moreno e Bombril! Por mais de 30 anos, ele foi o rosto e a alma da Bombril, estrelando cerca de 400 campanhas icônicas e personagens memoráveis. Confira o primeiro comercial aqui.

JUST FOR FUN 🤪
Aqueça a memória e prepare-se para o desafio das campanhas clássicas

É hora do trivial! O tema de hoje é campanha icônicas. Quantas você consegue acertar?

  1. 🕶️ Qual marca lançou a campanha com o slogan "Think Different" em 1997, celebrando grandes figuras como Albert Einstein e Martin Luther King Jr.?

  2. 🚗 Qual fabricante de automóveis revolucionou a publicidade em 1960 com o anúncio "Think Small", considerado um dos melhores anúncios impressos de todos os tempos?

  3. 🦸‍♂️ Em 2006, qual marca de automóveis lançou a campanha "The Cog", onde uma reação em cadeia de peças de carro era usada para demonstrar a precisão da engenharia do modelo?

  4. 🥤 Qual refrigerante popularizou garrafas e latas que vinham com nomes personalizados em uma campanha de 2011?

    (Continue rolando para ver as respostas)

TRENDING TOPICS OF THE WEEK
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. Jogos paralímpicos 👩🏻‍🦽‍➡️

  2. Clubes de futebol (Clube Bahia, Vasco, Juventude…) ⚽️

  3. Copa do Brasil 🇧🇷

  4. TV Globo 📺

  5. X (Twitter) 📲

Before 👋🏻 coisas que você precisa saber

🦉 Duolingo lança sua primeira pop-up store, transformando o app em uma experiência real. A loja oferece produtos exclusivos, como Crocs verde, e para entrar, é preciso completar uma lição no Duolingo. Quanto mais streaks acumulados, mais interações são desbloqueadas na loja. Veja.

🧠 A neurociência explica por que equilibrar ações de curto e longo prazo é a chave: Dopamina gera gratificação rápida e vendas, já a Ocitocina cria laços emocionais e construção de marca duradoura. Aqui você encontra como aplicar isso na sua estratégia.

🛠️ Dica: Essa ferramenta do TikTok te ajuda a criar conteúdos com maior chance de viralizar e alcance. Ela revela insights sobre os temas mais pesquisados na plataforma, ajudando você a ficar mais alinhado com as tendências de busca e a aumentar o potencial de engajamento.

RESPOSTA DO TRIVIAL
  1. Apple, veja a campanha aqui

  2. Volkswagen, veja a campanha aqui

  3. Honda, saiba mais da campanha aqui

  4. Coca-Cola, descubra mais sobre a estratégia aqui.

até segunda-feira que vem

antes de ir, nos conte o que achou da edição de hoje. É super importante para aprimoramos a cada semana. Clique aqui para responder.

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