02/06/2025

Economia da atenção e a arquitetura do desejo. E-commerce entra em nova era com o TikTok Shop e o fenômeno das farmácias.

o fim dos logos?

bom dia. bom, não é que a logo morreu — ela só talvez tenha perdido o posto de protagonista. já teve a era da logomania. mas hoje, quem comanda a história é o conteúdo, o impacto, o que a marca te faz sentir. a logo ainda importa, claro — ela ajuda na identificação. mas hoje, a arquitetura do desejo mudou: o valor real se constrói na experiência. porque marca boa não é a que mais grita — é a que, mesmo sem você perceber, te faz querer ficar.

uma fonte de inspiração para os seus conteúdos, estratégia e uma pitada de insights para sua marca. 💭

RESUMO DA SEMANA

Hot takes pelo 🌎

🎙️ O primeiro podcast gerado por IA. Steven Bartlett acaba de lançar um podcast onde… ele nem fala. 100 CEOs é todo escrito por ele — mas quem narra é uma cópia digital da sua voz. Visual? Feito por IA também. Entramos oficialmente na era em que um criador escreve o roteiro, aperta uns botões e lança um show sem precisar pisar em um estúdio.

💄 Quanto vale o desejo? Aparentemente, US$ 1 bi. Esse foi o valor pelo qual Hailey Bieber vendeu sua marca, Rhode. Hailey não só criou a marca — ela era a marca. E foi assim, e com só 10 produtos, que construiu um império. Provando que o creator virou a nova holding. Porque celebridade hoje não é mais sobre fama, é sobre o que você constrói com ela. Agora, fica a dúvida: quando o desejo está tão atrelado à pessoa, o que acontece com a marca ao mudar de dono?

👀 Buy eyeballs. Patrocínio moderno não é sobre logo. É sobre contar histórias em camadas e conquistar o respeito da audiência. E o Roland Garros, maior torneio de tênis da França, é palco pra isso. Com visibilidade global e um público atento, marcas pagam ± US$ 7 M por ano pra aparecer ali — estrategicamente, claro. Este ano: 🚗 Renault lançou o novo Renault 5.⌚ Rolex contou histórias de legado. 🐊 Lacoste criou uma collab exclusiva.🍺 Stella Artois trouxe o bar pra dentro da quadra. 👟 On foi de festa. Seja como patrocinador oficial ou surfando o momento, o negócio é fazer parte da cultura.

🤖 O SEO morreu (mas passa bem no ChatGPT). Brincadeiras à parte, a IA virou o novo front de descoberta de produtos. Marcas agora precisam otimizar não só para o Google, mas também para buscadores em IA generativa — o que exige produtos bem estruturados, títulos e descrições pensadas para leitura semântica, rastreamento liberado para bots, backlinks confiáveis e conteúdo claro, marcado e sincronizado. Tudo isso precisa rodar de forma rápida, segura e transparente — porque agora, a vitrine é a conversa.

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TREND TO WATCH

Parece até golpe, mas é o TikTok Shop

Sabe quando aparece na sua “For You” aquele produto com 50% OFF + frete grátis? Dá até aquela sensação de “tem coisa errada aí”. Mas não tem. É só o TikTok Shop em ação.

Ele ainda soa meio esquisito, tá em fase de implementação... Mas o fato é: ele parece estar redefinindo o futuro do e-commerce e do varejo. 🛍️

A ideia é simples (e genial): o TikTok pegou o que já fazia muito bem — entregar conteúdo certeiro com base no algoritmo — e juntou com o que todo mundo quer: vender. Afinal, a rede onde 83% dos jovens já dizem comprar por influência cansou de deixar dinheiro na mesa.

  • Como funciona? As marcas cadastram seus produtos na plataforma, criadores podem se afiliar pra divulgar e ganhar comissão, e o público compra com poucos cliques, sem sair do app. Simples, rápido e altamente viciante.

Até então, um marketplace comum. Exceto pelo fato de que…

Você não abre o TikTok pra comprar. Você abre pra se entreter. E é aí que a coisa muda.

A compra no TikTok não parece compra. Parece descoberta — pouco interruptiva, inesperada, e totalmente personalizada pelo algoritmo, que já te conhece como ninguém. Isso tem oferecido uma qualificação de leads como nunca se viu antes.

Enquanto apps como Temu ou Shein dependem da intenção de compra, o TikTok transforma qualquer scroll em vitrine. E os números já mostram isso: 27% dos usuários voltam a comprar no TikTok Shop em até 5 meses. Na Temu, são 20%. Na Shein, 10%. Etsy? 8%.

O que a TikTok Shop está fazendo é redesenhar o funil de consumo. Você não passa mais pelas etapas de ver, comparar, decidir. Você se encanta, clica e pronto.

🤔 Agora, let's reflect: 
Se tudo é conteúdo e tudo é vitrine, como será que esse modelo evolui?

Será que os creators viram a nova força de vendas?

Será que as marcas vão conseguir vender sem parecer que estão vendendo?

O TikTok Shop ainda tá em fase de testes no Brasil. Mas o que já deu pra entender é: quem souber transformar desejo em descoberta vai sair na frente.

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JUST FOR FUN

Quantas farmácias Rosário e Drogasil tem nessa foto?

Sabe aquela imagem clássica de duas farmácias, uma vermelha e outra azul, coladas uma na outra? Pois é — isso tem nome técnico: Equilíbrio de Nash.

Na prática, é quando dois concorrentes se posicionam exatamente onde nenhum quer ceder espaço pro outro, mesmo sabendo que, talvez, ambos ganhassem mais se estivessem mais distantes. É a Teoria dos Jogos aplicada ao varejo — cada marca toma decisões com base no que a outra vai (ou não vai) fazer. E assim, em vez de se espalharem pela cidade, acabam se aglomerando no mesmo quarteirão, só pra garantir que ninguém leve vantagem.

E o resultado? Farmácias lado a lado, ocupando a mesma calçada. Literalmente.

E é por isso que, muitas vezes, vemos as marcas se agruparem em vez de se espalharem. Elas estão menos preocupadas em ocupar novos espaços e mais focadas em não deixar o concorrente dominar o território sozinhas.

Isso acontece em outras categorias também, veja outros exemplos aqui.


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BYTES TO BITE
Um giro pelas últimas campanhas de destaque

🌀 Nostalgia. Nostalgia. Nostalgia. Na nova campanha Old Navy, New Moves, a marca mergulha de cabeça nessa vibe retrô: trouxe Lindsay Lohan, Charo, Dylan Efron e Quen Blackwell pra um filme que parece saído direto de uma fita VHS da sua mãe.

👃🏻 Coça aqui pra sentir o cheiro. A Lynx criou outdoors que liberam fragrância quando você esfrega a região íntima dos modelos — sim, exatamente onde você imaginou.

🖕 A Oura mandou a indústria do bem-estar tomar no dedo. Enquanto todo o mercado vende juventude eterna, a Oura fez o oposto: usou seu anel no dedo indicador pra desafiar o culto da perfeição e dizer que envelhecer é um privilégio.

🌈 Vem pra loja. A gente já entendeu que, hoje, o verdadeiro diferencial está na experiência — e, de preferência, fora das telas. Agora foi a vez do Burger King, que se uniu à Bobbie Goods e à Faber-Castell para transformar o restaurante em espaço de pausa criativa.

🧼 Um sabonete incomum… A atriz Sydney Sweeney lançou um sabonete corporal que contém, literalmente, água do seu próprio banho… o que tem levantado discussões sobre sua hipersexualização na internet.

🎾 Nadal estreia campanha da Vivo. No filme, gravado em sua cidade natal na Espanha, o ex-tenista usa suas habilidades com a raquete para interagir com os dispositivos da casa.

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TRENDING TOPICS OF THE YEAR
Marcas precisam seguir a cultura 🔥

Para sempre ficarmos de olho nos principais assuntos abordados, deixamos aqui os que ficaram mais em alta segundo o Google Trends nesta última semana (top 5):

  1. CONMEBOL (Campeonato Brasileiro de Futebol) ⚽

  2. Roland Garros (Torneio de Tênis em Paris) 🎾

  3. Times de Futebol (Paris Saint-Germain, Inter de Milão) 🏟️

  4. Virginia Fonseca (influenciadora e empresária) 💄

  5. YouTube (plataforma de vídeos) ▶️

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